quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Tarefa dos enxovais – Orson Peter Carrara

Voluntários anônimos ou vinculados a grupos de diferentes denominações religiosas dedicam-se ao amparo de gestantes carentes, com a distribuição de enxovais para os bebês que vão chegar; em alguns casos, inclusive, com cursos de orientação nos cuidados com a gestação e com os futuros filhos. Com arrecadação e doações provenientes de diversas fontes, para a aquisição de tais enxovais, o fato é que há décadas o importante trabalho existe em muitas cidades e grupos, sem falar das iniciativas individuais, com a confecção de roupinhas, sapatinhos e outros acessórios de atendimento aos recém-nascidos.

Sobre o tema, trago aos leitores duas diminutas histórias de um ângulo que talvez o leitor não se tenha dado conta:

1 – A pobre mulher, já com oito filhos numa verdadeira escada cronológica, aguardava o nono rebento e procurou ajuda para receber a doação de um enxoval para o bebê. Vivendo com muita dificuldade familiar, muito magra e quase passando fome, o marido estava desempregado e entregou-se à bebida, chegando violento em casa todo dia, atingindo a esposa e os filhos. Ela não reclamava do marido, dizia que ele era bom e tentava afogar a angústia do desemprego na bebida. Feito o cadastro e avaliação, ela recebeu a farta sacola com as roupinhas. Foi de surpresa em surpresa, chegando às lágrimas, com a qualidade, quantidade e beleza das peças acumuladas e que lhe eram doadas. Chorou de intensa emoção e comoveu o marido da mesma forma que, percebendo receber tanta generosidade de pessoas que nem conhecia – fez inúmeras perguntas sem entender o fato de receber tantos mimos e acessórios extras em meio às bonitas e cheirosas roupinhas para o filho que chegaria –, que tomou uma decisão: largou a bebida e mudou o rumo da própria vida. Logo conseguiu um emprego e a vida do casal, embora difícil, voltou à normalidade.

2 – A moça, muito jovem e humilde, engravidara do namorado que – como sempre ocorre – ao saber da gravidez a abandonara. Filha única, foi rechaçada pelo pai já idoso em virtude da gravidez não programada, até por uma questão cultural de formação do pai, habituado à rigidez dos costumes. Sensibilizou-se, todavia, com o farto enxoval que a filha recebeu em doação. Não podia acreditar na generosidade de pessoas desconhecidas. Embora mantivesse postura inflexível ante os primeiros meses, deixou-se vencer pelas vibrações que aquelas peças emitiam, chegando a afirmar: “Se até Deus está ajudando, porque não vou ajudar. Eu aceito ela de volta com meu neto”.

As duas pequenas histórias revelam algo extraordinário. Não são as doações em si, mas o amor com que foram planejadas, organizadas e mesmo entregues. Usei o exemplo dos enxovais, mas poderia falar sobre a distribuição de sopa ou atendimento a mendigos, idosos, famílias inteiras, ou os atendimentos médicos e odontológicos, entre outros, de voluntários abnegados na área de saúde ou da educação, como a alfabetização, etc., entre outras notáveis iniciativas humanitárias em favor da população mais carente.

É que todo gesto ou iniciativa impregnada de amor, do desejo de ajudar, de aliviar a agrura do semelhante, igualmente impregna o material usado e beneficia diretamente aqueles que recebem os benefícios, muito além do próprio objeto ou acessórios doados e recebidos.

Os gestos desprendidos de amor em favor do próximo operam autênticos milagres de transformação em favor do bem e da harmonia, individual e coletiva. O amor é capaz de impregnar ambientes, sensibilizar corações endurecidos, despertar a esperança e a alegria de viver. Onde colocamos o amor tudo se transforma. Como no caso da duas histórias.

As duas bonitas histórias – num total de sete – estão no último capítulo do extraordinário livro Diversidade dos Carismas, de Hermínio Miranda, que desejo recomendar ao leitor. O capítulo tem o nome de Os carismas e a caridade, que desejo recomendar aos leitores.

Agora uma última análise: esses gestos de desprendimento, de renúncia em favor do próximo, do amor que procura e se preocupa com o bem estar alheio, nada mais é que a maravilhosa influência do Cristo nos corações humanas. Sua presença ilumina, convoca ao bem e faz sentir o autêntico amor que confia e sente a dor alheia, procurando minorá-la. 

Surge novamente o Natal e a presença doce e suave do Mestre da Galileia nos pede olhar à nossa volta, antes da satisfação própria no consumismo, e atender à massa humana carente de amor essencialmente. Como faremos? O que faremos? Para quem? 

Eis uma descoberta pessoal, que cada um fará à sua forma. Não há uma receita própria. Francisco de Assis, despojado de tudo, rejeitado pela família, incompreendido de todos, achou seu caminho e fez-se instrumento de paz para o mundo... E nós, o que estamos fazendo? Deixando-nos consumir pelo pessimismo e pela reclamação, ou procurando nosso caminho para igualmente servir de alguma forma, pelo menos em gratidão ao Mestre que conduz a Humanidade?
             

               

quarta-feira, 27 de novembro de 2013


O PROBLEMA DO DIVÓRCIO - Richard Simonetti

Ouvistes o que foi dito aos antigos: – Quem aban­donar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio. 
Eu, porém, vos digo que quem repudiar sua mulher, a não ser por causa de infidelidade, a torna adúlte­ra; e qualquer que casar com a repudiada comete adultério. (Mateus, 5:31 e 32.) 

Nos primórdios do Judaísmo os vínculos matrimoniais eram bas­tante frágeis. Se o homem chegasse à conclusão de que sua esposa não lhe convinha, até pelo fato de cometer uma falha no preparo da comida, bastava dar-lhe carta de divórcio, uma espécie de demis­são ou rescisão do contrato matrimonial. Isto bem de acordo com a mentalidade da época, situada a mulher em regime de escravidão. 

Por incrível que pareça, a carta de divórcio, instituída por Moisés, representava um progresso, pois regulamentava a separa­ção e dava à repudiada o direito de constituir nova família. 

No capítulo 19, do Evangelho de Mateus, Jesus diz, cate­górico, que semelhante instituição deveu-se à dureza do coração humano. 

Ao referir-se ao assunto, no Sermão da Montanha, o Mes­tre explica que o casamento deve ser indissolúvel, admitindo a separação apenas num caso — a infidelidade —, porque esta des­trói as bases fundamentais da união matrimonial: a confiança, a integridade, o respeito, o amor, a dignidade. 

A Doutrina Espírita é bastante clara quanto à seriedade do vínculo matrimonial, demonstrando que ele é, geralmente, fruto de planejamento espiritual, e que, ao se ligarem, os cônjuges assumem compromissos muito sérios, não tão somente em relação ao pró­prio ajuste, mas, particularmente, no concernente aos filhos. 

Todo casamento dissolvido representa fracasso dos cônju­ges. A separação não faz parte do destino de ambos — é simples­mente uma alternativa, quando a união entra em crise insuperável. O divórcio, nesta circunstância, defendido por Kardec, em O Evangelho segundo o Espiritismo, capítulo 22, limita-se tão só a re­conhecer uma separação já existente. É o mal menor, oferecendo ao casal divorciado a oportunidade de recompor suas vidas e de legalizar sua nova situação perante a sociedade. 

Imperioso reconhecer – e nisso reside a seriedade do pro­blema – que a separação representa uma transferência de com­promissos para o futuro, em regime de débito agravado, sempre que os filhos ou os próprios cônjuges venham a comprometer-se em desajustes e desequilíbrios diretamente relacionados com a desintegração do lar. 

Inútil, entretanto, considerar-se os prejuízos advindos da separação, diante daqueles que chegaram a extremos tais de de­sentendimento que tornam impossível a vida em comum. Nesta circunstância, nem toda a sabedoria do mundo os convencerá a permanecerem juntos, superando suas desavenças. 

Por isso, mais importante do que tentar ajustar peças de­masiadamente comprometidas pela ferrugem da discórdia, é cui­dar de recursos que garantam a estabilidade matrimonial, a saúde do casamento. 

Para tanto, a primeira providência é superar o velho enga­no cometido pelo homem e pela mulher, que se julgam casados apenas porque assinaram o livro do registro civil, submetendo-se às demais disposições legais. 

Socialmente falando o casamento é isso, mas, sob o ponto de vista moral e espiritual, trata-se de um compromisso a ser re­novado todos os dias. Deve representar o empenho diário de dois seres, de estrutura biológica e psicológica totalmente diferentes, no sentido de se ajustarem. Cérebro e coração, razão e sentimen­to, força e sensibilidade, o homem e a mulher, realmente, são duas partes que se completam — mas somente com a força do amor. Não o amor paixão, que se esvai após a embriaguez dos primeiros tempos, mas o amor convivência, que se consolida com o perpas­sar dos anos, desde que sustentado pelos valores da compreensão, do respeito mútuo, da tolerância e da boa vontade. 

Emmanuel tem uma imagem muito feliz a respeito do ca­samento, quando diz que a euforia dos noivos, no grande dia, é semelhante à do estudante que recebe o diploma do curso supe­rior. É o coroamento de seus esforços, de seus anseios... 

Mas depois vem o trabalho de cada dia, a dedicação, o es­forço, o sacrifício, para que seu diploma represente para ele a base de uma vida melhor, econômica e socialmente. 

Assim acontece com o casamento. Muita alegria no início, muito empenho depois, porque nenhuma casa será um lar autên­tico, oásis de bênçãos e ternura, se não for primeiro uma oficina de boa vontade e de esforço em favor da paz. 

Para tanto, lembrando ainda Jesus, é preciso que combata­mos a dureza de nossos corações, pois, se bem analisarmos, ve­rificaremos que todo problema de relacionamento humano, em qualquer lugar, principalmente no lar, nasce justamente porque nosso coração se fecha com muita facilidade ante as manifesta­ções do egoísmo, que nos leva a exigir demais dos outros e tão pouco de nós mesmos.



terça-feira, 26 de novembro de 2013

INDAGAÇÃO E RESPOSTA

Pelo Espírito André Luiz. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Livro: Endereços da Paz. Lição nº 31. Página 90.



Possivelmente, você também será daqueles companheiros do mundo físico que indagam pela razão dos mentores desencarnados transmitirem tantas mensagens de essência filosófica, mormente baseadas nos ensinamentos do Cristo.

Responderemos que uma pergunta dessas equivale à inquisição que alguém formulasse sobre o motivo de tantas escolas para os que vivem na Terra.

A verdade é que todos os irmãos do Plano Físico queiram ou não, acreditem ou não acreditem virão ter conosco, mais hoje ou mais depois de amanhã, e cabe-nos diminuir o trabalho que, porventura, nos venham a impor, ao abordarem o nosso campo de vivência espiritual, já que somos todos uma só família, perante Deus.

Examinem vocês algumas das perguntas que nos são desfechadas, com absoluta sinceridade, por milhares de companheiros assim que se conscientizam, quanto à própria desencarnação.

Onde se localiza o Céu dos bem-aventurados.

Onde residem os anjos.

Porque Deus em pessoa, não se dispôs a vir recebê-los.

Porque Jesus lhes foge à visão, se viveram orando e confiando no Divino Mestre.

Porque sofreram tanto.

Porque não conseguem conversar imediatamente com os familiares que ficaram à distância.

Porque são convidados a trabalhar se tanto esperaram pelo descanso.

Porque não foram avisados sobre o dia da volta à Verdadeira Vida.

Porque não conseguem alterar os testamentos que deixaram no mundo.

Em que lugar estarão os infernos.

Onde estão encravados os purgatórios.

Como será o repouso que lhes será concedido se não enxergam amigo algum que não seja em trabalho árduo.

Porque as entidades angélicas não lhes dispensam as atenções de que se julgam merecedores.

Para resumir, dir-lhes-ei que, há dias, um amigo nosso, devotado obreiro do Bem na Espiritualidade, foi questionado por um irmão recém vindo da Terra, dentre aqueles que lhe recebiam diretrizes, sobre o melhor meio pelo qual conseguiria enxergar alguns demônios.

Com o melhor humor, o companheiro apenas respondeu: - Meu filho, lamento muito, mas não tenho aqui um espelho para nós dois.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

O feiticeiro mora no banheiro - Wellington Balbo – Bauru SP

Dia desses encontrei meu amigo Pablo. Conheço-o de longa data, estudamos juntos no colegial e até hoje, passadas mais de duas décadas, ainda mantemos contato regular. 

Neste mais recente encontro o Pablo não estava muito bem. A esposa separou-se dele, alegando não mais haver amor. Não preciso comentar que Pablo estava na fossa. Procurou-me para desabafar e relatar um segredo, que já não é mais segredo porque estou compartilhando com vocês. 

O Pablo está convicto de que seu casamento acabou porque fizeram um DESPACHO. Isso mesmo que você entendeu, feitiçaria e das grandes, porque para a esposa separar-se dele, um homem bonito e forte, só mesmo com feitiçaria e das mais fortes, segundo suas próprias palavras. Coisa de gente invejosa, que não suporta a minha felicidade, disse-me Pablo. 

Mas eu acho que o Pablo talvez não queira admitir que não foi um marido tão bom assim. Ele até que é um cara bonito, mas a beleza vai além dos atributos físicos, coisa que o Pablo desconhece. Talvez meu amigo tenha se esquecido de que chegava quase todas as sextas feiras embriagado em casa ou que jamais compareceu com a esposa a um aniversário da mãe dela. Ele também nunca lavou uma louça e jamais trocou a fralda dos filhos. Para Pablo isso é coisa de mulher. E estufando o peito dizia que aprendera essa filosofia de vida com o pai. Acho que o Pablo nunca observou o semblante de tristeza de sua mãe ou será que observou?

Creio também que ele se esqueceu de que não se lembrava do seu aniversário de casamento há uns 10 anos e que ultimamente andava meio relapso com a relação, sem adubá-la com o fermento do amor. Pablo prefere depositar a culpa na tal da feitiçaria feita pelos invejosos, e me procurou porque, segundo ele, eu mexo com esse negócio de espíritos. Queria que eu desamarrasse o TRABALHO que fizeram para ele. Eu disse que consigo apenas desamarrar o cadarço do tênis, se ele quiser posso perfeitamente ajudá-lo nisso. Ante a sua negativa tive que ser bem sincero com o Pablo e falar para ele que feitiçaria que terminou com a sua relação está bem no banheiro de sua casa e atende pelo nome de espelho. Basta Pablo olhar no espelho para encontrar o verdadeiro feiticeiro. Ele não gostou e saiu de casa irritado, com cara de poucos amigos. Será que vai refletir um pouco em suas atitudes? Será que a dor vai ser um filósofo eficiente para o meu amigo? Não sei, o tempo responderá.

Interessante que Allan Kardec abordou o assunto feitiçaria com os sábios da espiritualidade e eles, como sempre, foram muito claros ao afirmarem ao Codificador na resposta da questão 557 de O livro dos Espíritos que a benção ou maldição jamais desviam a Providência do caminho da justiça.

Retrocedendo algumas questões (551) encontramos outra clara resposta dos Espíritos que foram enfáticos e afirmaram que Deus não permite que um homem mau com a ajuda de um mau Espírito nos faça qualquer coisa que não mereçamos.

O que falta ao Pablo é um pouco mais de autocrítica ao analisar seu comportamento como esposo. É muito simples depositar a culpa em feitiçarias ou considerar que se é vítima de homens ou espíritos voltados ao mal. Convenhamos que Deus não permite injustiças, por isso mesmo tudo que nos ocorre deve ser bem analisado para que não nos percamos em elucubrações nada produtivas e que nos tiram do foco real fazendo-nos, assim como Pablo, vivermos iludidos de que nos fizeram um TRABALHO com o intuito de nos prejudicar.

Como disse ao Pablo, geralmente o feiticeiro está sempre no banheiro de nossa própria casa, e para conhecê-lo basta dirigirmos um olhar ao espelho.

domingo, 24 de novembro de 2013

Quase 200 pessoas estiveram no CEAC, sábado, dia 23/11/13, para assistir à palestra motivadora de Átila e Rosi. O número de inscritos inicialmente, cerca de 100, foi superado em muito. O público participou, aplaudiu e vibrou com a palestra TRANSFORMANDO NÃO EM SIM, A REVOLUÇÃO DOS RESULTADOS.
         Destinada a princípio aos trabalhadores do Centro Espírita Amor e Caridade, (CEAC Bauru-SP), a apresentação atraiu público diverso, mesmo de outros centros espíritas.

         Parabéns o Presidente do CEAC Mauro Sebastião Pompílio e o organizador Luiz Aldo Tezani, pela iniciativa. O evento tende a se transformar em permanente, segundo disposição dos participantes Átila e Rosi, naturalmente com o assentimento da diretoria do CEAC.         Nossos agradecimentos aos participantes ÁTILA E ROSI, que agora fazem parte do quadro de colaboradores do Centro Espírita Amor e Caridade de Bauru. A palestra foi retransmitida pela Rádio Ceac.




sábado, 23 de novembro de 2013

TV CEAC - Em 21/11/13 reuniram-se mais uma vez alguns elementos da equipe que está criando a TV CEAC, mais um órgão de comunicação do Centro Espírita Amor e Caridade de Bauru (SP).
         Estiveram presentes Edgar Miguel, Jonatas, Danielle, Karin, Milton Puga e Sidney, tratando agora do registro do domínio www.tvceac.com.br e do site que vai abrigar a nossa TV.
Muitas novidades estão por vir. Vale lembrar que a nossa TV CEAC já está em fase experimental, transmitindo nossas reuniões públicas às segundas, quartas e sextas-feiras, às 20 horas.
         Como sintonizar a TV CEAC? Por enquanto, acesse: www.radioceac.com.br – tome o cuidado de desligar o volume da rádio para ouvir somente o som da TV –www.tvacaminhodaluz.com.br (às segundas e quartas-feiras às 20 horas) e www.redeamigoespirita.com.br, procurando no menu azul, bem em cima da página, o link da TV CEAC.

Brevemente estará no ar o site exclusivo www.tvceac.com.br.

 Edgar, Jonatas, Daniele, Larin e Sidney
Edgar, Jonatas, Daniele, Milton e Karin

VOCÊ ESTÁ ACAMADO?

Todos reconhecem o desconforto da prisão no leito, no entanto, a irritação piora qualquer doença.

- A dor sufoca-lhe as esperanças?
O consolo da prece é medicamento para todos os males.

- A confiança na cura foge-lhe ao coração?
Nem médicos ou familiares podem garantir-lhe a melhora que nasce, espontânea, no íntimo de você mesmo.

- A revolta envenena-lhe a alma?
A Terra só é vale de lágrimas para os olhos do pessimismo.

- A morte ronda-lhe os pensamentos?
Passagem para a Espiritualidade, caminho de todos.

- O destino dos filhos ensombra-lhe as horas?
A herança mais valiosa é o exemplo do amor à Providência Divina, através das obrigações cumpridas.

- Saudades aflitivas laceram-lhe a memória?
A mente é a nossa primeira farmácia.

- Sente remorso, à vista de antigos passos?
Homem algum na Terra pode gabar-se de santo.

- Seus lábios já não mais sabem sorrir?
Recorde que os enfermos otimistas e alegres amparam caridosamente quem os visita, estimulando-lhes a coragem.

Guarde a certeza de que se a luz do Evangelho é força no coração e brilho na
consciência, a saúde está perto e todos os prognósticos são favoráveis ante o Grande Futuro.

pelo Espírito André Luiz , Do Livro: Ideal Espírita, Médium: Francisco Cândido Xavier.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

AGRADECE

Pelo Espírito Meimei. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Livro: Amizade. Lição nº 02. Página 20.


Agradece as mãos que te constroem a existência, decorando-a com as tintas da alegria e da esperança, mas endereça os teus pensamentos de gratidão àquelas outras que te ferem com os espinhos da incompreensão, ensinando-te a conviver e a servir.

Agradece as vozes que te embalam os anseios, entretecendo hinos de paz e amor com que te inspiram as melhores realizações, no entanto, envia as tuas vibrações de reconhecimento àquelas outras que te exageram essa ou aquela falha, induzindo-te a compreender e a perdoar.

Agradece aos amigos que te proporcionam mesa farta, impulsionando-te a pensar na abastança da Terra, mas não recuses respeito àqueles que, em algum tempo, te sonegaram o pão, levando-te a prestigiar a fraternidade e a beneficência.

Agradece aos irmãos que te reconhecem a nobreza de sentimentos, louvando-te o trabalho, entretanto, não olvides o apreço que se deve àqueles outros que te menosprezam, auxiliando-te a descobrir os tesouros da humildade e da tolerância.

Certa feita, um pedaço de carbono sumido no monturo pediu a Deus o levasse para a superfície da Terra, a fim de ser mais útil.

O Supremo Senhor ouviu-lhe a súplica e determinou fosse ele detido no subsolo para a devida maturação.


O minério humilde aceitou a resposta e permaneceu na clausura, por séculos e séculos, suportando a química da natureza com o assalto constante dos vermes que habitavam o chão.

Chegou, por fim, o tempo em que o Criador mandou arrancá-lo para atender-lhe aos ideais.

Instrumentos de perfuração exumaram-no a golpes desapiedados e o lapidário cortou-lhe o corpo, de vários modos, em minucioso burilamento.

Mas quando o carbono sublimado surgiu, de todo, aos olhos do mundo, Deus o havia transformado no brilhante, que passou a brilhar, entre os homens, parecendo uma flor do arco-íris com o fulgor das estrelas.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

VELHO TRAUMA - por Richard Simonetti

Recomendações:
− Só me enterrem quando começar a cheirar mal!...
− Não me sepultem. Quero ser cremado!...
− Cumpram rigorosamente o prazo de vinte e quatro horas para o enterro. Não importam as circunstâncias de minha morte!...
Em palestras sobre a morte, a pergunta frequente:
− Se eu passar por um transe letárgico e despertar no túmulo, o que acontecerá comigo?
A resposta jocosa:
− Nada de especial. Simplesmente morrerá em poucos minutos, por falta de oxigênio.
Incrível a preocupação das pessoas com a possibilidade de serem enterradas vivas, alimentada por velhas lendas de cadáveres estranhamente virados no esquife quando este é aberto, meses ou anos após a inumação.
Talvez fatos dessa natureza tenham ocorrido nos séculos passados, particularmente por ocasião de epidemias ou de batalhas.
Ante da quantidade de corpos a serem sepultados, passava-se por cima desse elementar cuidado de verificar se o indivíduo estava realmente morto.
Nossos ancestrais terão confundido, não raro, a letargia com a morte, condenando as vítimas de sua ignorância a um desencarne por asfixia.
Na atualidade, é praticamente impossível enterrar alguém vivo, desde que a família peça a presença de um médico (o que no Brasil é imposto por lei, já que não se pode providenciar o sepultamento sem o atestado de óbito firmado por profissional da Medicina e este não pode fazê-lo sem o competente exame do defunto).
O médico constatará facilmente se o candidato ao atestado está realmente morto ou em estado letárgico. Na letargia, não cessam as funções vitais. O organismo permanece em funcionamento, mas de forma latente, imperceptível à observação superficial.
Com o estetoscópio ele verificará tranquilamente se há circulação sanguínea, sustentada pelos batimentos cardíacos. Se ocorre uma parada cardíaca, a morte se consuma em quatro minutos. O exame oftálmico também é conclusivo. Verificando-se a midríase, uma ampla dilatação da pupila, sem resposta aos estímulos luminosos, o falecimento está consumado.
Em boa parte, os temores a respeito do assunto têm origem em problemas de desligamento, já que é muito comum o Espírito permanecer preso ao corpo por algumas horas ou dias, após o sepultamento, por despreparo para a morte.
Considerando que certamente todos já passamos por essa desagradável experiência em vidas anteriores, guardamos nos refolhos da consciência traumas que se manifestam no temor de sermos enterrados vivos.
Dois recursos podem ser mobilizados para superar essa incômoda herança de nossas desastradas experiências de vidas anteriores:
A compreensão dos mecanismos da morte, como se opera o retorno à vida espiritual, proporcionada pela Doutrina Espírita, que desbrava o continente espiritual.
A observância dos compromissos com a Vida, atendendo aos ditames do Evangelho, o celeste manual que Jesus legou à Humanidade, a partir de suas lições e exemplos.
Então poderemos repetir com o apóstolo Paulo (1 Cor. 15:55):

Onde está, ó morte, o teu aguilhão?

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

AMAR SEM AMARRAR - Richard Simonetti



Perguntam-me o que podemos fazer por familiares desencarnados, que saibamos não preparados para enfrentar o retorno à vida espiritual. Três iniciativas são básicas.

Oração. É um refrigério para as almas penadas, aquelas que se situam perplexas ante as realidades espirituais que insistiram em ignorar no desdobramento de suas experiências. Quando oramos pelos desencarnados, não só os beneficiamos com vibrações balsamizantes, como evocamos, em favor deles, a assistência dos amigos espirituais.

Serenidade. Os recém-desencarnados permanecem em estreita sintonia com os familiares e são muito sensíveis às suas vibrações. O desespero, a revolta, a inconformação, não apenas colocam em dúvida nossa crença, como atingem os que partiram, exacerbando suas perplexidades e sofrimentos.

Normalidade. Se após sofrer a amputação de um braço ou perna, num acidente, alimentamos indefinidamente o sentimento de perda, inconformados, fatalmente estaremos resvalando para indesejáveis estados de depressão e desequilíbrio.

A morte de um ente querido é uma amputação psicológica. Sentiremos falta, tanto maior quanto mais fortes os elos do amor, mas é preciso que nos habituemos a viver sem ele, conscientes de que devemos seguir em frente, em nosso próprio benefício.

Sem esse empenho, fatalmente nos desajustaremos, com reflexos negativos no ânimo daquele que partiu.



***

Não raro, ao invés de o desencarnado perturbar o encarnado de quem se aproxima, carente e sofrido, ocorre o contrário. Pode parecer inusitado, amigo leitor, mas a Doutrina Espírita nos fala de obsessões de encarnados sobre desencarnados.

Lembro-me de Roberval, modesto servidor público, pai de três filhos, casado com Ifigênia, mulher de bons princípios, preocupada com a família, mas extremamente apegada ao marido, amor possessivo.

Era Roberval pra cá, Roberval pra lá, em efusões amorosas extremadas que acabavam por aborrecê-lo, tirando-lhe a liberdade. Não fosse a sua índole pacata e haveria sérios conflitos entre eles.

Se o mel é demais, fatalmente enjoa.

Quando Roberval desencarnou, repentinamente, vitimado por um enfarto, foi um transtorno para Ifigênia. Não se conformava com a morte do bem-amado, razão de sua existência. Lamuriava-se em oração, questionando os desígnios divinos.

E chamava pelo marido.

– Ah! Roberval, onde anda você, minha vida?

E, dia e noite, continuava a história do Roberval pra cá, Roberval pra lá!

Não dava sossego para o pobre marido, mesmo depois de morto, porquanto suas vibrações o atingiam em cheio, reclamando sua presença, convocando-o ao lar. Tanto se perturbou que os benfeitores espirituais decidiram interná-lo em nova encarnação.

Foi a solução para livrá-lo da pressão desajustada da esposa inconformada. Atendendo à afinidade e à disponibilidade, ele reencarnou como filho de sua filha.

Por sugestão insistente de Ifigênia, deram o nome do avô à criança.

Roberval reencarnado recebeu o mesmo nome. Como a jovem mãe tinha compromissos profissionais, decidiu confiar a criança à avó, enquanto ausentava-se.

Pobre Roberval! O dia todo se via às voltas com os excessivos zelos de Ifigênia, agora sua avó.

Roberval pra cá, Roberval pra lá!

Amor que amarra é egoísmo. É preciso amar sem prender.

Ótimo quando agimos assim. Nossos amados partem em paz. Em paz ficamos nós.

Oportuno lembrar, a propósito, notável poema Amor, de Khalil Gibran:

Amai-vos um ao outro,

mas não façais do amor um grilhão.

Que haja, antes, um mar ondulante

entre as praias de vossa alma.

Enchei a taça um do outro,

mas não bebais da mesma taça.

Dai do vosso pão um ao outro,

mas não comais do mesmo pedaço.



Cantai e dançai juntos,

e sede alegres, mas deixai cada

um de vós estar sozinho.

Assim como as cordas da lira

são separadas e, no entanto,

vibram na mesma harmonia.



Dai vosso coração, mas não o confieis

à guarda um do outro.

Pois somente a mão da Vida

pode conter vosso coração.

E vivei juntos, mas não vos

aconchegueis demasiadamente.

Pois as colunas do templo

erguem-se separadamente.

E o carvalho e o cipreste não crescem

à sombra um do outro.



terça-feira, 19 de novembro de 2013

Generosa ideia Orson Peter Carrara

A ideia exposta na história abaixo é muito generosa e enquadra-se perfeitamente nos princípios da solidariedade. Começou em Nápoles e se espalhou pelo mundo todo. E o Brasil absorve bem a iniciativa? Funcionaria aqui? Fiz um teste um dia desses com um amigo numa lanchonete, sem ele saber, e depois perguntei. Deu certo, o funcionário foi honesto. 

Trata-se do “Café suspenso”. Veja a história já bem conhecida: 
Dois amigos entram num café, e enquanto se aproximam das suas mesas, duas pessoas dirigem-se ao balcão, “Cinco cafés, por favor. Dois deles para nós e três suspensos." Elas pagam os cinco cafés, levam dois e saem. "O que são esses cafés suspensos?", pergunta um dos amigos. "Espera, já verás.", responde o outro. 

Algumas pessoas entram depois. Duas meninas chegam e pedem um café cada, pagam e vão embora. Em seguida, o pedido é de sete cafés e é feito por três advogados - três para eles e quatro "suspensos". De repente, um homem vestido com roupas esfarrapadas, que parece um mendigo, entra pela porta e pede gentilmente, "Tem um café suspenso?” É simples, as pessoas pagam com antecedência um café para quem não pode pagar uma bebida quente. A tradição com os cafés suspensos começou em Nápoles, mas espalhou-se por todo o mundo e em alguns lugares, podes não só encomendar um café suspenso como também uma sanduíche ou uma refeição completa. 

Não é realmente uma ideia genial? Especialmente solidária e muito humanitária. 

Isso também é surpreender alguém. Deixar um café, um lanche, uma refeição paga para alguém que se conhece ou não, que chegará logo ou em tempo que não podemos prever. 

A ideia é realmente esta mesma: deixar pago com antecedência para alguém que precise e vai chegar em algum momento. E mesmo que não precise, a surpresa do fato é altamente benéfica com desdobramentos que estimulam o desejo de fazer o mesmo, suprimindo o egoísmo e estimulando um bom exercício de honestidade para os estabelecimentos e seus funcionários. 

Será mesmo apenas uma questão de iniciar que a tendência é que a ideia se firme com naturalidade. Fiz o teste pessoalmente e funcionou bem. Como disse acima, estava com um amigo, saí antes dele e já deixei pago a parte dele também. Fiquei a pensar se o funcionário e o estabelecimento seriam honestos. E foram. Mesmo o amigo não sabendo do meu teste, logo o encontrei e perguntei se ele teve que pagar. Agradeceu pela surpresa do momento e disse que realmente não teve que pagar nada. 

Faça a experiência leitor, é motivadora e traz uma sensação muito boa de bem estar. 

E o melhor é que a ideia está se espalhando rapidamente com muita gente motivada para esse gesto simples, acolhedor e generoso, sem outra intenção senão surpreender alguém com a alegria daí decorrente. O bem estar que se sente é o efeito imediato da boa ação.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

palestra MAKTUB - POSSO MUDAR O MEU DESTINO?
Centro Espírita Humildade e Fraternidade Universal - Presidente Venceslau-SP, em 17.11.2013.

 Rubinho, Sidney e José Brito
 abertura
 José Brito e Rubinho - Pizza da Fraternidade
 José Brito, Rubinho, Sidney, Diva, Irma, Genésio e Lilian
 Garcia com Sidney

 Rubinho, Lilian, Garcia, Irma, Genésio e José Brito
 Rubinho, Sidney, Diva, Irma, Genésio e Lilian

domingo, 17 de novembro de 2013

Acabei de terminar a palestra cujo título é PECADO: DEUS CASTIGA OU EDUCA? - No Centro Espírita Amor e Caridade de Presidente Venceslau - sábado - dia 16/11/13.

 Sidney e Ivone
 Sidney e Tonminho Branquinho
 Bizoca, Ifigêni, Diva, Sidney, Ivone e Elza
Cecília, Solange, Sidney e , Toninho.
 Garcia e Sidney

sábado, 16 de novembro de 2013


Palestra CAMINHO DA FELICIDADE, em Presidente Epitácio-SP, em 15.11.2013.

 Abertura, com Celina
 Júlia e Sônia, com Sidney
 Celina, Édson e Sidney
 Celina, Édson e Toninho Branquinho

 palestra



quinta-feira, 14 de novembro de 2013

palestra A CAMINHO DA FELICIDADE, em Pirapozinho, em 13/11/2013.


  autógrafos


 Manuel, Sidney e Andréia
 autógrafos
 autógrafos
 autógrafo para Judite
Gilson, Manuel e Sidney


PALESTRA A CAMINHO DA FELICIDADE, em REGENTE FEIJÓ SP, em 12/11/2013

 Sidney e Gilson

 Coral

público