sábado, 28 de setembro de 2013

CRÉDITOS ESPIRITUAIS -  Pelo Espírito Albino Teixeira. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Livro: Caminho Espírita. Lição nº 42. Página 95.
Não deixes que o dia se ponha sem praticares, pelo menos, uma boa ação melhorando os próprios créditos no caminho espiritual.
Vejamos algumas receitas e sugestões ao alcance de todos:
- doar um prato de alimento a quem sofre em penúria;
- entregar uma peça de roupa aos que gemem no frio;
- improvisar o conforto de uma criança menos feliz;
- promover ainda que migalha de assistência, a benefício dessa ou daquela mãe desditosa;
- oferecer um livro nobilitante;
- escrever uma página de esperança e alegria aos amigos ausentes;
- conter a irritação;
- evitar a palavra inconveniente;
- escutar, com paciência e bondade, a conversação inoportuna, no equilíbrio de quem ouve, sem elogiar a invigilância e sem condenar a inabilidade dos que falam, tocados de boa intenção;
- prestar serviço desinteressado aos enfermos;
- assegurar dois minutos de prosa consoladora aos doentes;
- cultivar o espírito de sacrifício, em favor dos outros, seja em casa ou na rua;
- plantar uma árvore proveitosa;
- acrescentar a alegria dos que fazem o bem;
- auxiliar, de algum modo, aos que procuram auxiliar;
- encaminhar parcelas de recursos amoedados, conquanto ligeiras, a irmãos em necessidade;
- articular algumas frases calmantes em hora de crise;
- usar a palavra na construção do melhor a fazer;
- remover espontaneamente um perigo na via pública.

Na base de uma boa ação por dia, terás o crédito de trezentos e sessenta e cinco boas ações por ano; se aumentares a contagem, em tempo breve, somente a Contadoria Divina conseguirá relacionar a extensão de teus bens imperecíveis e o valor de teus investimentos no erário da Vida Eterna.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

DesejosOrson Peter Carrara
A palavra desejo lembra vontade, que inclusive é uma de suas definições. É a vontade de possuir algo, de alcançar um objetivo, de ir ou estar em algum lugar, de desfrutar de algum benefício, posição, cargo, título ou até um apetite alimentar e mesmo uma atração sexual. Digamos, em síntese, que trata-se de uma aspiração humana. A própria conjugação do verbo indica: ter vontade, sentir desejo, entre outras definições.

Entre o desejo e a conquista – seja do que for – há um espaço enorme que envolvem providências, conveniências, precipitação, capacidade, utilidade, possibilidade e outros tantos desdobramentos que não é difícil imaginar e elencar.

É quando entra a disciplina de um propósito sempre esquecido: a educação do desejo.

Afinal, como discipliná-lo correta e coerentemente? Como transformar esse sentimento de querer numa fonte de alegrias para si mesmo e para muitos? As situações são variadas, claro, individuais e coletivas.

A educação, por sua vez, mais que instrução que se adquire, está na moralização dos próprios hábitos e comportamentos, que redundem em polidez, fraternidade, moralidade e intenso esforço de melhorar a si mesmo e simultaneamente beneficiar aqueles que estão à nossa volta, em qualquer momento ou situação.

É exatamente pela ausência dessa educação do querer que temos vivido o caos social da indisciplina e do desrespeito às mais elementares noções de civilidade e cidadania. Fruto, sem dúvida, da ausência de construção sólida desde a infância do querer educado. Tarefa dos educadores, mas não restrito a eles, pois que inicia-se com os pais e amplia-se para os adultos em geral. Guardamos todos o dever de transmitir às crianças os bons exemplos de civilidade, de desejos educados e disciplinados.

O desejo simplesmente liberado, sem refletir sobre consequências e desdobramentos, sem respeito à presença ou interesses alheios, tem sido um dos fatores da violência na vida social.

Se pensarmos bem, as agressões – inclusive as econômicas e sexuais – são resultantes dos desejos desenfreados, alheios ao respeito que devemos uns aos outros e mesmo à indiferença aos sentimentos de outras pessoas. É o desejo desordenado, comparável à direção de um veículo sem freios ou à montaria de um animal desesperado que não controla os caminhos que vai atravessando.

É mesmo o descontrole das emoções convertidas nos desejos, que aguarda a correção da educação. Isso lembra as paixões.

A paixão não é um mal em si mesma, pois que da própria natureza humana. Mas, ela a paixão está no excesso acrescentado à vontade. E podemos acrescentar: o abuso que delas se faz que causa o mal.

Voltamos à questão do desejo educado. Afinal, as paixões são como um cavalo que é útil quando está dominado, e que é perigoso, quando ele é que domina. Reconhece-se, pois, que uma paixão torna-se perniciosa a partir do momento em que não podemos governá-la e que ela tem por resultado um prejuízo qualquer para vós ou para outrem.

Podemos notar, com facilidade, a questão, pois, da vontade, do desejo e do controle sobre ele. Quando descontrolado e domina, torna-se um mal.

Uma paixão por uma invenção, por exemplo, dominada pela disciplina, pelos estudos e pesquisas, que elimina o fanatismo e nutre o ideal a que destina, é extraordinária no alcance do objetivo.

Por outro lado, o desejo descontrolado, por exemplo, de uma atração sexual e, portanto, sem domínio que gera o raciocínio, pode gerar traumas e tragédias, sofrimento e lágrimas.

É a educação do desejo! Saber desejar, direcionar a vontade.

A causa maior, contudo, da presença de um desejo descontrolado, está, todavia, no egoísmo. Claro que a precipitação, o não amadurecimento, o não equilíbrio emocional apresentam-se como ingredientes de expressão, afinal do egoísmo deriva todo o mal. Sim, se pararmos mesmo para pensar num desejo descontrolado, em qualquer área, que gera sofrimentos, no fundo está o egoísmo do interesse pessoal. No fundo está o desrespeito com o sentimento alheio.


quinta-feira, 26 de setembro de 2013

AMIGOS DO CRISTO - por Richard Simonetti
         A atividade de Chico era exaustiva, longas psicografias, multidões a atender, horas intermináveis, madrugada adentro...
         Perguntaram-lhe como conseguia manter-se firme, sereno, atencioso, ligado no trabalho...
         O médium respondeu numa única palavra:
         – Aceitação.
         Em meus tempos de bancário, funcionário do Banco do Brasil, deparava-me com colegas insatisfeitos, não obstante trabalharem na maior instituição financeira do país, que remunerava regiamente seus funcionários.
         Conversávamos a respeito.
         Eu dizia:
         – Ruim para você e para o Banco trabalhar de má vontade, insatisfeito, como se estivesse carregando o peso do Mundo nas costas.
         E vinha a ladainha:
         – Odeio o serviço bancário! A chefia é incompetente e autoritária! Acho horrível a escravidão do horário!
         – Então, meu caro, por que não pede demissão e vai cuidar da vida? Você não é obrigado a vincular-se a um serviço que lhe é indesejável!
         Na verdade, contam-se nos dedos os que enxergam no serviço bancário a profissão ideal.
         Rotinas cansativas, salário insatisfatório, excesso de trabalho, jornadas além do horário normal, pressões da administração…
         Aqui entra a aceitação de que fala Chico.
         Em qualquer atividade, podemos não estar fazendo o que gostamos, mas é fundamental aprender a gostar do que fazemos, cumprindo nossas funções com diligência e serenidade, em nosso próprio benefício.
         Não obstante, é preciso definir bem essa questão, considerando que há dois tipos de aceitação:
Estática.
         A pessoa faz o que lhe pedem, sem usar a imaginação. Não pensa em melhorar, em produzir mais. Não se empenha.
         É o burocrata comprometido com preguiçosa rotina, entediado com as tarefas que lhe foram confiadas.
Dinâmica
         A pessoa considera as necessidades do serviço e procura fazer o melhor, aprimorando-se, produzindo cada vez mais.
         É o servidor dotado da imaginação criadora e produtiva de quem ama o que faz.
         Há quem adote no Centro Espírita uma participação estática.
         Considera que é preciso trabalhar no campo do Bem, fazer algo em favor do semelhante...
         Essa aceitação de tarefas por mera obrigação é indesejável.
         São os voluntários que, invariavelmente, fazem menos do que lhe foi confiado, na base do chegar depois e sair antes.
         Lembram a expressão evangélica (Lucas, 17:10):
         …quando fizerdes tudo que vos foi mandado, dizei: Somos servos inúteis; fizemos somente o que devíamos fazer.
         Melhor é a aceitação dinâmica das tarefas, inspirada no amor ao serviço.
         É o voluntário que se empenha, que vibra com seu trabalho, que sempre chega mais cedo e não tem pressa de sair.
         Este atinge o patamar ideal, algo bem mais importante do que um simples servidor, conforme afirma Jesus (João, 15:14 e 17):
         Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando.
         E explica o que espera de nós:
         Amai-vos uns aos outros.
         Na dinâmica do trabalho, estaremos sempre servindo a alguém, seja na atividade profissional, no lar, na sociedade, na instituição filantrópica.
         Se o fizermos com amor, faremos bem feito.
         Mais que isso, será ao próprio Cristo que estaremos servindo.
         Era o que Chico fazia.
         Por isso, não lhe pesavam os compromissos e dificuldades.

         Exercitava a aceitação dinâmica de quem ama o que faz pelo próximo, porque o próximo ama.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

NA PRESENÇA DO CRISTO - Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Livro da Esperança. Lição nº 02. Página 19.
 Em verdade vos digo que o Céu e a Terra não passarão sem que tudo o que se acha na lei esteja perfeitamente cumprido, enquanto reste um único jota e um único ponto. Jesus - Mateus, 5.18.

A ciência dos homens vem liquidando todos os problemas, alusivos ao reconforto da Humanidade. Observou a escravidão do homem pelo próprio homem e dignificou o trabalho, através de leis compassivas e justas. Reconheceu o martírio social da mulher que as civilizações mantinham em multimilenário regime de cativeiro e conferiu-lhe acesso às universidades e profissões. Inventariou os desastres morais do analfabetismo e criou a grande imprensa. Viu que a criatura humana tombava prematuramente na morte, esmagada em atividade excessiva pela própria sustentação e deu-lhe a força motriz. Examinou o insulamento dos cegos e administrou-lhes instrução adequada. Catalogou os delinquentes por enfermos mentais e, tanto quanto possível, transformou as prisões em penitenciárias-escolas. Comoveu-se, diante das moléstias contagiosas, e fabricou a vacina. Emocionou-se, perante os feridos e doentes desesperados, e inventou a anestesia. Anotou os prejuízos da solidão e construiu máquinas poderosas que interligassem os continentes. Analisou o desentendimento sistemático que oprimia as nações e ofereceu lhes o livro e o telegrafo, o rádio e a televisão que as aproxima na direção de um mundo só.
         Entretanto, os vencidos da angústia aglomeram-se na Terra de hoje como enxameiavam na Terra de ontem... Articulam-se todas as formas e despontam de todas as direções. Perderam o emprego, que lhes garantia a estabilidade familiar e desorientam-se abatidos, a procura de pão. Foram despejados de teto, hipotecado à solução de constringentes necessidades e vagueiam sem rumo. Encontram-se despojados de esperança, pela deserção dos afetos mais caros, e abeiram-se do suicídio. Caíram em perigosos conflitos da consciência e aguardam leve sorriso que os reconforte. Envelheceram sacrificados pelas exigências de filhos queridos que lhes renegaram a convivência nos dias da provação, e amargam doloroso abandono. Adoeceram gravemente e viram-se transferidos da equipe doméstica para os azares da mendicância.
         Transviaram-se no pretérito e renasceram, trazendo no próprio corpo os sinais aflitivos das culpas que resgatam, pedindo cooperação. Despediram-se dos que mais amavam no frio portal do túmulo e carregam os últimos sonhos da existência cadaverizados agora no esquife do próprio peito. Abraçaram tarefas de bondade e ternura e são mulheres supliciadas de fadiga e de pranto, conduzindo os filhinhos que alimentam à custa das próprias lágrimas. Gemem discretos, e surgem na forma de crianças desprezadas, à maneira de flores que a ventania quebrou, desapiedada, no instante do amanhecer.
         Para eles, os que tombaram no sofrimento moral, a ciência dos homens não dispõe de recursos. É por isso que Jesus, ao reuni-los em multidão, no tope do monte, desfraldou a bandeira da caridade e, proclamando as bem-aventuranças eternas, no-los entregou por filhos do coração...

         Companheiro da Terra quando estendes uma palavra consoladora ou um abraço fraterno, uma gota de bálsamo ou uma concha de sopa, aliviando os que choram, estás diante deles, na presença do Cristo, com quem, aprendemos que o único remédio capaz de curar as angústias da vida nasce do amor, que se derrama sublime, da ciência de Deus.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

TESOURO NEM SEMPRE VALORIZADOOrson Peter Carrara

         A maior felicidade que podemos desfrutar no cotidiano diário é a convivência com pessoas afins, com pessoas amigas de verdade. A juventude passa num instante, o dinheiro troca de mão e a saúde é sujeita às fragilidades próprias de nosso tempo.
         O que fica realmente são os sentimentos. E eles são sólidos quando construídos pela afeição verdadeira, sem interesses e onde prevalecem o respeito e a consideração real.
         Pessoas afins são pessoas que amam e são amadas mutuamente. Por isso sente-se o prazer da convivência recíproca. Daí a razão de se buscarem, de se alimentarem emocionalmente porque significam autenticidade nos sentimentos.
         Segundo o dicionário, amigo é pessoa que quer bem a outra, defensor, protetor. Já a palavra amizade é definida como o sentimento de amigo, afeto que liga as pessoas, reciprocidade do afeto, benevolência, amor.
Já se disse que quem tem um amigo, tem um tesouro. E pesquisas recentes indicam que ter amigos aumenta o tempo de vida e protege a saúde contra doenças, especialmente aquelas que afetam o coração. É que a convivência com amigos autênticos proporciona o incomparável prazer de estar com pessoas com quem não precisamos nos preocupar em como vamos nos portar, o que vamos dizer... Estar com amigos livra-nos do ambiente constrangedor de muitas vezes “pisar em ovos”. Com eles, somos nós mesmos, naturalmente.
Os amigos nos entendem, nos compreendem, nos aceitam. Como somos. E estes sentimentos são recíprocos. É aquela cumplicidade natural da reciprocidade do afeto. Mesmo que tenhamos de chamar a atenção ou sermos advertidos, em virtude de qualquer equívoco, isto será feito com jeito, sabendo abordar o assunto, sem magoar, sem constranger. É que entre amigos há um ingrediente fundamental para a boa convivência: o respeito mútuo.
Basta pensar que as causas dos atritos, desentendimentos e intrigas estão nas tentativas de imposição das ideias ou no desrespeito à liberdade de cada um. A amizade leal é a mais formosa modalidade de amor fraterno, segundo Emmanuel, consagrado autor. Por isso pensemos nos amigos! E reflitamos nos benefícios que este magno sentimento é capaz de espalhar onde se apresente. Antes, pois, de qualquer iniciativa, sejamos amigos uns dos outros, e sentiremos a vontade da convivência saudável de quem se quer bem...
Não podemos, todavia, esquecer o Amigo Incondicional da Humanidade: Jesus! Sempre presente na vida humana, poderia ter enviado um representante para a Terra, a fim de apresentar o Evangelho. Mas fez questão de estar pessoalmente entre nós, pelo amor fraternal e autêntica amizade que dedica a seus irmão ainda em processo evolutivo, lento e difícil.       

A amizade é mesmo um sentimento notável, virtude a ser cultivada, tesouro e fonte de imensas alegrias que precisamos valorizar e cultivar.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

JORNADA DE PALESTRAS desta semana (de 25 a 28 de SETEMBRO 2013:
DIA 25 - quarta-feira - Sociedade Beneficente Escola do Mestre Jesus - Araraquara SP
DIA 26 - quinta-feira - Centro Espírita Descalvadense Seara de Luz - Descalvado SP
DIA 27 - sexta-feira - União Espírita Paschoal Grossi - Araraquara SP

DIA 28 - sábado - Casa Espírita Amor e Caridade Mestre Jesus - Rincão. SP