O dia
30 de janeiro é conhecido como o Dia da Saudade! A palavra, por si só, já
propõe pensar em tanta lembrança que é quase impossível destacar esta ou
aquela.
Na
verdade, quem ama sente saudade. Pode ser de uma música, de um ser amado
distante ou ausente, de uma paisagem, de uma convivência, de uma
circunstância... Ah!, há tanto para lembrar e sentir aquele sentimento
agradável que é a saudade.
O que é
que o leitor tem saudade? O que gostaria de reviver, quem gostaria de encontrar
novamente, onde gostaria de ir outra vez?
São os
detalhes da saudade!
Diante
dos destrambelhos da atualidade, com a corrupção galopante e teimosa, parece
que a saudade dói, aumenta mais. Afinal, o que estamos assistindo, nos abusos
vários que imperam na sociedade, faz voltar a mente ao conforto de tempos que
se foram onde havia mais respeito pela civilidade, pela soberania nacional,
pela educação.
Mas não
nos impressionemos. Este tumulto generalizado é apenas um processo necessário
para colocar a casa em ordem novamente. Isso tudo vai passar. As ilusões a que
se entregam os que se satisfazem na vaidade, no abuso do poder, nas tentações e
ilusões passageiras da comodidade material, sem outras preocupações e
providências em favor da vida coletiva – esquecidos de nossa real natureza
imortal que vai sobreviver no tempo e terá encontro inevitável com a própria
consciência – são tão efêmeras, tão frágeis, que os esforços para tentar segurá-las
serão todos infrutíferos, pois o tempo marcha incessante, indiferente à nossa
postura e às nossas escolhas.
O que
estamos vivendo, na intensa desorganização social, requer uma postura de
firmeza moral. Não nos deixemos impregnar por essa onda de pessimismo e
abandono. Essa onda de abandono e desorganização, de indiferença e descrença
também é uma grande ilusão. Ela é criada pela descrença daqueles que
desconhecem ou desprezam que há um poder que governa a vida. Por egoísmo,
muitos de nós, os humanos, nos deixamos iludir pelo desejo de poder, pela
ambição desmedida e nos entregamos a essa loucura socialilusória que se
generaliza.
Mas
aqueles que somos ou não cristãos, guardando fé e confiança na vida – diga-se
Deus –, devemos exercitar a resignação diante das adversidades, erguermo-nos na
coragem e na fé, mantendo a dignidade da firme postura moral, pois estes são os
valores que vão nos amparar nesses momentos de transição e difíceis da
atualidade, que, repita-se, vão passar.
Nada,
pois, de medo, desespero, revolta. O momento é de fortaleza moral,
conectando-nos a Deus com a confiança de quem sabe esperar.
E já
que estamos lembrando o dia da saudade, busquemos também os bons momentos e
recordações saudáveis que todos trazemos que, aliados à resoluta posição de
seguir adiante, sejam elementos impulsionadores da alegria e da confiança em
Deus!
O que
desejamos ao leitor é que prossiga confiante. Prossigamos, eu meu incluo,
óbvio!