quinta-feira, 28 de agosto de 2014


A CARIDADE MAIOR

Pelo Espírito Irmão X (Humberto de Campos). Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Livro: Cartas e Crônicas. Lição nº 27. Páginas 117.

Ao Homem que alcançara o Céu, pedindo orientação sobre as tarefas de benemerência social que pretendia estender na Terra, o Anjo da Caridade falou compassivo:

- Volta ao mundo e cumpre de boa vontade, as obrigações que o destino te assinalou!...

Para que te sintas de pé, cada dia, milhões de vidas microscópicas esforçam-se em tua carne, garantindo-te o bem-estar...

Cada órgão e cada membro de teu corpo amparam-te, abnegadamente, para que te faças abençoado discípulo da civilização.

Os olhos identificam as imagens que já podes perceber, livrando-te da desordem interior.

Os ouvidos selecionam sons e vozes para que não vivas desorientado.

A língua auxilia-te a expressar os pensamentos, enriquecendo-te de sabedoria.

As mãos realizam-te os sonhos, engrandecendo-te o caminho na ciência e na arte, no progresso e na indústria.

Os pés sustentam-te a máquina física para que te não arrojes à inércia.

A boca mastiga os alimentos para que te não condenes à inação.

Os pulmões asseguram-te o ar puro contra a asfixia.

O estômago digere as peças com que nutrirás o próprio sangue.

O fígado gera forças vitais que te entretêm a harmonia orgânica.

O coração movimenta-se sem parar, escorando-te a existência.

Vives da caridade de inúmeras vidas inferiores que te obedecem a mente. Torna, pois, ao lugar em que o Senhor te situou e satisfaze as tarefas imediatas que o mundo te reserva!...

Caridade é servir sem descanso, ainda mesmo quando a enfermidade sem importância te convoque ao repouso;

é cooperar espontaneamente nas boas obras, sem aguardar o convite dos outros;

é não incomodar quem trabalha;

é aperfeiçoar-se alguém naquilo que faz para ser mais útil;

é suportar sem revolta a bílis do companheiro;

é auxiliar os parentes, sem reprovação ;

é rejubilar-se com a prosperidade do próximo;

é resumir a conversação de duas horas em três ou quatro frases ;

é não afligir quem nos acompanha ;

é ensurdecer-se para a difamação;

é guardar o bom-humor, cancelando a queixa de qualquer procedência ;

é respeitar cada pessoa e cada coisa na posição que lhes é própria...

E por que o Homem ensaiasse inoportunas indagações, o Anjo da Caridade concluiu: - Volta ao corpo e age incessantemente no bem!... Não percas um minuto em descabidas inquirições. Conduze os problemas que te atormentam o espírito ao teu próprio trabalho e o teu próprio trabalho liquidá-los-á. A experiência aclara o caminho de quantos lhe adquirem o tesouro de luz. Recolhe as crianças desvalidas, ampara os doentes, consola os infelizes e socorre os necessitados.

Não olvides, pois, que a Execução de Teus Deveres para com o Próximo será sempre a tua Caridade Maior.
  

quarta-feira, 27 de agosto de 2014


O Reino de Deus

Orson Peter Carrara 

O jovem carpinteiro fundou um Reino. O maior e mais poderoso dos reinos, embora fosse pobre de valores materiais, pois aí está a diferença dos demais reinos. Todos sugerem acúmulo de bens. Este, porém, é um reino de valores interiores, protegidos contra todos os possíveis danos que possam destruí-lo. Quem o constrói dentro de si constrói para sempre. 

Apresentando-se na Sinagoga, perante seu povo, declarou Ter vindo em nome do Pai para anunciar e implantar o Reino de Deus no coração dos homens. Comparou este Reino ao grão de mostarda, ao fermento, a um tesouro escondido, a uma pérola, a uma rede para peixes e ao trigo que cresce no meio do joio... Seu Reino fundamenta-se em três alicerces: Deus, Amor e Justiça. Ora, se já compreendemos que Deus é Amor conforme ensinou o evangelista, vamos estudar seu desdobramento: amor e justiça.

Em O Livro dos Espíritos, questão 875, pode-se buscar a definição de justiça – que deixo ao leitor pesquisar. Já em O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo XI e em seus desdobramentos e subtítulos, poderemos encontrar o que é o amor, seus efeitos, uso e prática. 

Para o estudioso mais atento, há comentários muito edificantes de Emmanuel em seus livros Caminho, Verdade e Vida (capítulo 107) e Vinha de Luz (capítulo 177) e ainda a resposta à questão 673 de O Livro dos Espíritos, embora não se refira ao assunto, traz comentário importante sobre esta postura para implantação do Reino de Deus nos corações. 

A questão toda, como apresenta Neio Lúcio no livro Jesus no Lar, capítulo 36, é que se cada um estivesse vigilante da própria tarefa, não colheriam as sombras do fracasso. O mais intricado problema do mundo, é o de cada homem cuidar dos próprios negócios, sem intrometer-se nas atividades alheias. Enquanto cogitamos de responsabilidades que competem aos outros, as nossas viverão esquecidas.

É que o Reino de Deus é uma construção interior, com valores reais das virtudes que precisam ser conquistadas a custo do esforço próprio. E isto exige coragem, determinação, perseverança. 

Desde já precisamos nos apressar em desligar o criticador e parar com os hábitos da achologia, onde muitos acham isto ou aquilo, mas consideram ser dever do outro fazer. Achamos, damos opiniões e palpites, mas deixamos de fazer o que nos compete. O Reino de Deus se inicia no coração do homem, com os valores da bondade e da fraternidade. Quando destruímos uma ideia ou temos postura pessimista, estamos criando o reino da descrença, da crítica e por aí afora. 

Para alcançar o Reino de Deus no coração, quatro condições são essenciais: a)libertação pelo auto-conhecimento; b)humildade para perceber nossas imperfeições; c)persistência no bem; d)crescimento espiritual. Todos conquistas do esforço próprio, que exigem no mínimo iniciativa que deve ser acompanhada pela perseverança.

Em seu livro, Parábolas e Ensinos de Jesus, Cairbar Schutel comenta no capítulo A palavra de vida eterna, que a imortalidade é a luz da vida; ela é a alma da nossa alma; a esperança da nossa fé; e a mãe do nosso amor. Sem imortalidade não pode haver alma, sem alma não há esperança, fé, amor; e sem esperança, fé e amor tudo desaparece de nossas vistas: família, sociedade, religião, Deus! 

A imortalidade é a base, o alicerce, a rocha viva ... E recomenda: Urge, pois, que busquemos, primeiramente, a imortalidade, para crermos firmemente na palavra de Jesus. Urge que estudemos a imortalidade, que conversemos com a imortalidade, que ouçamos a imortalidade com seus substanciosos ensinos, a fim de, firmes e resolutos, orientarmos a nossa vida, regularmos os nossos atos na senda religiosa que nos foi traçada.

Sem aprofundamento percebe-se com clareza os efeitos da incredulidade no mundo, ou até da ausência de interesse na busca de informações e estudos sobre a questão. Aí estão os difíceis quadros sociais a desafiar o homem. E mais interessante que este implantar do Reino dos Céus no coração, como propôs Jesus modifica o ambiente, as circunstâncias ao redor, favorecendo a todos com a harmonia e paz que lhe é próprio. 

A própria vivência interior deste Reino, ajuda a modificar o panorama exterior. Já imaginou o leitor quando cada habitante do planeta esforçar-se por esta vivência? Teremos o mundo modificado, como desejamos. 

Fácil? Não! Individualmente já é um grande desafio, imagine coletivamente falando, com a diversidade de estágios evolutivos que vivemos. Mas é a única alternativa para a construção da paz interior e social, que tanto almejamos. 

terça-feira, 26 de agosto de 2014

PASSE MAGNÉTICO - Richard Simonetti

1 – O que é o passe magnético, aplicado nos Centros Espíritas?

Em sua expressão mais simples, é uma doação de energia magnética, semelhante à transfusão sanguínea. Se o paciente está anêmico, o sangue transferido para suas veias o revitaliza. Se há problemas com sua Alma, exprimindo-se em angústias e perturbações, o passe o ajuda a recompor-se.

2 – Como podemos definir esse magnetismo?

Trata-se de uma forma de energia a expandir-se dos seres vivos. No passe ela é controlada e exteriorizada por um ato da vontade. É o que faz o passista quando se posta junto ao paciente, guardando o propósito de beneficiá-lo.

3 – O passista é um médium?

Não no sentido literal. Ele não entra em transe, não atua como intermediário. Conta, porém, com a indispensável colaboração de benfeitores espirituais que controlam o serviço. Eles emitem um magnetismo espiritual que, associando-se ao magnetismo humano, torna o passe mais eficiente.

4 – O passe aplica-se apenas aos problemas da Alma?

Atende a todos os nossos males, tanto físicos quanto psíquicos. Quando a pessoa não consegue lidar com determinadas situações, pondo-se tensa e nervosa, sofre o que chamaríamos de “hemorragia magnética”. Perde vitalidade, fragilizando-se. Torna-se, então, vulnerável a influências espirituais deletérias. Revitalizando-a, o passe a ajuda a superá-los.

5 – Qual a condição básica para que o paciente se beneficie?

A fé. Isso está bem claro nas lições de Jesus. Ele costumava dispensar os beneficiários de suas curas dizendo-lhes: A tua fé te salvou. O Mestre não premiava a fé. Apenas demonstrava que sem ela fica difícil estabelecer a indispensável sintonia com o passista.

6 – Qual deve ser a postura do paciente, no momento do passe?

Orar com fervor, pedindo a proteção divina. Além da oração e da fé, há outro fator importante: o merecimento. Como ensinava Jesus, “a cada um, segundo suas obras”. Se os sentimentos que cultivamos naquele momento são importantes, fundamental é o Bem que façamos sempre. 

7 – O passe estanca a “hemorragia magnética”?

Se o paciente tem uma anemia, decorrente de pequena hemorragia interna, a transfusão de sangue será mero paliativo. É preciso atacar esse problema, com medicamentos ou cirurgia. Algo semelhante ocorre com a desvitalização magnética. As causas devem ser eliminadas. Caso contrário, o tratamento não terá efeito duradouro.

8 – Como lidar com isso, tendo em vista os problemas e contrariedades do cotidiano?

Nossos males não decorrem desses dissabores, inerentes à existência humana. A origem está na maneira como lidamos com eles. Se cultivarmos a compreensão, a tolerância, a paciência, a caridade e os demais valores insistentemente preconizados e exemplificados por Jesus, evitaremos destemperos verbais e mentais que favorecem os desajustes que nos perturbam. 

sábado, 23 de agosto de 2014

Contrastes – Orson Peter Carrara

O Verdão, no ano de seu centenário, torna-se verdinho, um time morto em campo, fruto de uma administração desastrosa. Bem de acordo com a teimosia, no São Paulo, de Ceni, que não se decide que já deveria ter parado há muito tempo, tendo perdido a oportunidade de sair a tempo com glória, como fez Marcão. E pior: no ano da Copa do Mundo no Brasil vemos a atual geração de futebol – incluindo também a teimosia de Felipão – jogar pelo ralo a tradição e garra da Seleção Brasileira. Isso sem falar em outros papelões bem conhecidos.

Estive em Três Corações-MG e pude visitar os vários monumentos e homenagens a Pelé, na época de glória do futebol. A visita e a memória ali preservada levaram-me a essas reflexões. Mas o futebol também reflete o momento complexo e difícil do país, igualmente entregue ao descalabro gerado pelo jogo de interesses movido pelo egoísmo e pela sedução do poder.

Pessimismo? Não! Em absoluto! A crise gerada pelos interesses vem de longe. Não é de agora, ela integra a história humana. É uma luta desafiadora. Na verdade, as crises trazem o progresso, mas muitas dificuldades poderiam ser evitadas não fossem nossa teimosia humana e especialmente os efeitos danosos do egoísmo e do orgulho, ainda imperantes em nossa mentalidade coletiva.

Estamos em 2014. Nos dias 23 e 24 de agosto de 1572, na França, o sangrento Massacre da Noite de São Bartolomeu, por causas religiosas e políticas, tornou-se um dos espetáculos mais horrendos de nossa história. Há exatos 60 anos, em 1954, também no dia 24 de agosto, no Brasil, o Presidente Getúlio Vargas suicida-se com um tiro no peito, pressionado pelas crises no país. 

Mas, apesar das crises contínuas da vida humana, voltemos a atenção para o momento atual do país. Estamos aí, às vésperas das eleições, exigindo intensa reflexão. O voto é instrumento de construção da democracia. Depois de anos de lutas pela construção plena da liberdade, com participação de importantes vultos na história recente do país, vemo-nos ameaçados com o bem que mais desejamos na vida social: a liberdade. 

Anular o voto ou não votar é o caminho mais fácil, mas incoerente com a necessidade do presente, que exige posicionamento firme, coerente e corajoso, pois a omissão política e mesmo a indiferença com os interesses coletivos do país gerou o quadro complexo que estamos vivendo, com justas preocupações. O desinteresse pela cidadania, gerado pelo egoísmo e a acomodação, levou ao delicado momento.

Chegou o momento da consciência coletiva. Afinal como usamos o voto: para interesses e causas pessoais ou no interesse da nação? Como candidatos ou eleitos, qual o interesse de participação na vida política do país? Ainda nos move o interesse pessoal?

São contrastes a serem revistos. O modelo de manipulações de bastidores já mostrou estar ultrapassado, sendo uma das causas das contínuas crises que se repetem em instituições de qualquer perfil, com reflexos diretos na vida individual e coletiva.

Quando é que aprenderemos a respeitar os limites da liberdade? Pensamos que tudo podemos ou que somos o dono de tudo, que dominamos... Mas, felizmente, a vida com sua sabedoria sempre surge abundante para nos colocar no lugar e mostrar nossa fragilidade.

Mais cedo ou mais tarde, convenhamos, a vida nos colocará no nosso devido lugar. Quanta ilusão produz o poder! Quantos prejuízos morais e materiais, educacionais e sociais oriundos do desconhecimento de que há leis sábias e justas que regem a vida humana e que sempre responderemos – sem configurar castigo, mas sim se apresentando como consequência – pelos danos que causamos a nós mesmos, à coletividade, ao progresso e à paz que temos o dever de preservar. 

Melhor abrirmos bem os olhos enquanto há tempo claro...

Afinal, os estados conscienciais definem nosso céu ou inferno interior, pela consciência tranquila ou pelo remorso e arrependimento que sempre colheremos pelas ações que nos deixemos empolgar, muitas vezes inadvertidamente. Quando a consciência acordar para a própria realidade, esses estados surgirão inevitáveis e fortemente presentes!             



quinta-feira, 21 de agosto de 2014

ALÉM DA CARNE - Emmanuel

Depois da morte do corpo:

A frase amiga que houvermos proferido no estímulo ao bem será um trecho harmonioso do cântico de nossa felicidade.

A opinião caridosa que formulamos acerca dos outros, converter-se-á em recurso de benignidade da Justiça Divina, no exame dos nossos erros.

O pensamento de fraternidade e compreensão com que nos recordamos do próximo transformar-se-á em fator de nosso equilíbrio.

O gesto de auxílio aos irmãos do nosso caminho oferecer-nos-á sublime colheita de alegria.

Mas, igualmente, além túmulo:

A maledicência de nossa alma e de nossa boca será tremendo espinheiro a provocar-nos dilacerações e feridas.

A nossa indiferença para com as amarguras do próximo aparecerá por desolada geleira à frente dos nossos passos.

A nossa preguiça surgirá como sendo terrível gerador de miséria.

A nossa crueldade exibirá, na tela de nossas consciências a constante repetição dos quadros deploráveis de nossos delitos e de nossas vítimas, compelindo-nos à aflitiva

demora em escuras paisagens purgatórias.

A morte é o retrato da vida.

A verdade revelará a chapa do teu próprio destino as imagens que estiveres criando, sustentando e movimentando, no campo da existência.

Se desejas, assim, a ventura e a tranquilidade, além das fronteiras de cinza do sepulcro, semeia, enquanto é tempo, a luz e a sabedoria que pretendes recolher nas sendas da ascensão eterna.

Hoje plantação, segundo a nossa vontade.

Amanhã – seara, conforme a lei.

Se agora cultivarmos a sombra, decerto, encontraremos, depois a resposta das

trevas.

Se porém, semeamos o amor e a simpatia, onde nos encontramos, indiscutivelmente, mais tarde, penetraremos, ditosos, a beleza divina da Imortalidade vitoriosa.

Livro: Bênçãos de Amor – Emmanuel – Chico Xavier

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

ENSAIO DE COMPAIXÃO

Pelo Espírito Meimei. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Livro: Esperança e Vida. Lição nº 04. Página 16.

E fiquei a pensar, indagando de mim própria quanto ao motivo de analisar, com tanta volúpia, os defeitos alheios.

Se notícias de um delito espetacular me alcançasse os ouvidos, fixava-me na busca de pormenores da ocorrência, a fim de desenhar na memória a figura do agressor; se algum problema de sovinice me viesse ao acontecimento, procurava as causas do desajuste para reprovar intimamente quem estivesse cultivando a cobiça; se algum desequilíbrio emotivo aparecesse, alterando negativamente essa ou aquela pessoa empenhava-me a conhecer o portador de semelhante irregularidade, de modo a evitar-lhe a presença; se algum distúrbio, surgisse, complicando grupos sociais, mentalizava-lhe as origens, para censurar aqueles que o provocassem prejudicando o caminho de muita gente.

- Por quê - perguntava a mim mesma - essa inclinação para condenar instintivamente os outros, sem a menor consideração?

- Por quê me arraigar no mal se conhecia a estrada do bem

Foi quando um mentor amigo acorreu em meu socorro e observou:

- Filha, o aperfeiçoamento é a obra de muito esforço em longo tempo. Já passei pelo hábito das indagações inúteis e só consegui a superação desejada, colocando-me no lugar dos irmãos que supomos errados.

E prosseguiu, depois de pequeno intervalo:

- Qual seria o seu comportamento, se visse o assassinato de um filho, sob os seus próprios olhos?

- Como reagiria você perante uma filha que trocasse a tranquilidade do lar pelas aventuras infelizes?

- Como procederia você, a fim de proteger vários filhos pequeninos com o esposo em penúria, dentro de longo período de hospitalização?

- E se um obsessor com larga força de afinidade sobre o seu psiquismo, a induzisse, através de hipnoses reiteradas à degradação de si própria, o que faria?

Ante o meu silêncio, o amigo aditou:

- Pensemos por nós mesmos. Certamente as Leis de Deus nos concedem facilidades para julgar as nódoas alheias, a fim de observarmos as nossas próprias fraquezas, aprendendo compreensão e misericórdia, de maneira a nos corrigir sem exercícios difíceis de suportar...

O instrutor despediu-se, sorrindo, e conclui que, pela Bondade do Senhor, ali tivera, no chamado Mais Além, o meu primeiro Ensaio de Compaixão.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

                                               FALANDO DE CINEMA 
                                               Richard Simonetti
                                            
         O cinema não tem fronteiras nem limites. É um fluxo constante de sonho (Orson Welles)
                  
         Como milhões de pessoas, sou fã da sétima arte.
         A magia do cinema é irresistível, uma fábrica de sonhos, embalados em histórias que nos envolvem, colocando-nos no centro da ação, como se delas participássemos.
         Há filmes marcantes, inesquecíveis, não apenas por serem histórias bem contadas, mas porque nos fazem pensar, veiculando ideias e princípios que enriquecem nossa existência.
         Sugiro para sua apreciação, amigo leitor, alguns deles:
                    
            Patch Adams – O Amor é Contagioso (1998).
            A história de um dos primeiros médicos a tratar pacientes usando o bom humor, ainda na década de 70, no século passado. De seu trabalho nasceu o movimento Doutores da Alegria, hoje difundido em muitos países, inclusive no Brasil.

            Gênio Indomável (1997).
            A experiência de um psicólogo com um faxineiro que tinha incrível facilidade para cálculos matemáticos complexos, ajudando-o a superar traumas e vacilações para um aproveitamento de seu dom.

            Sociedade dos Poetas Mortos (1989).
             O ex-aluno de uma escola preparatória, agora professor, às voltas com a direção por usar métodos não ortodoxos para ensinar os alunos, destacando a iniciação poética.

            O Homem Bicentenário (1999). 
            Um robô responsável por fazer tarefas domésticas para a família que o comprou adquire características humanas e logo começa a buscar a liberdade e sua realização no amor. É uma bela fábula sobre o despertar para a consciência e a vida.

            Uma Babá Quase Perfeita (1993).
            Travestido de babá, um desempregado tenta conquistar o cargo vago na casa de sua ex-esposa para aproximar-se de seus filhos. Acaba transformando-se numa impagável conselheira sentimental que faz sucesso na televisão.·.

         O amor além da vida (1998).
          Filme belíssimo, com fotografia e imagens inesquecíveis, fala de um homem que ao morrer ganhou o paraíso, como prêmio aos seus méritos. Estava muito feliz, até saber que sua esposa, inconformada, com sua morte e a de dois filhos que faleceram anteriormente, num acidente, suicidara-se e fora condenada irremediavelmente ao inferno. Contrariando seus mentores, ele foi aos abismos infernais para resgatá-la. O final é surpreendente.

         Se você gosta de cinema, caro leitor, sabe que há algo em comum em todos esses filmes: tiveram como protagonista Robin Willians.
         Fomos surpreendidos pela triste notícia de que esse grande ator e comediante americano, que alegrava e comovia as pessoas com filmes inesquecíveis, cometeu suicídio aos sessenta e três anos.
         Como um homem que protagonizou tantos filmes que exaltam a Vida, o bom ânimo, a alegria de viver, pôde chegar a tal extremo de desespero, a ponto de matar-se?
         Não sabemos de suas motivações, das dores da alma, que induzem o indivíduo a contrariar o próprio instinto de conservação, optando pelo auto aniquilamento.
         Não obstante, podemos dizer que faltou a Robin Willians, bem como a todos os que cometem esse gesto extremo, uma visão espírita da existência humana, a mostrar-nos que o suicídio é uma porta falsa, que nos precipita em sofrimentos exacerbados, conforme a descrição de muitos suicidas, pelo correio mediúnico.
         O Espiritismo demonstra, à saciedade, que se trata de uma decisão desastrada que devemos evitar com todas as forças de nossa alma, a fim de não nos sujeitarmos a dolorosos processos de reajuste que podem prolongar-se por existências inteiras.
         Ressalta a Doutrina a necessidade inadiável de cultivarmos espiritualidade, procurando definir os porquês da existência humana, de onde viemos, por que estamos na Terra, para onde vamos, por que enfrentamos dores e problemas…
         São esclarecimentos que só o Espiritismo pode oferecer, com sua visão maravilhosa do além-túmulo, onde colhemos as consequências de nossas ações, particularmente do suicídio, um mergulho em sofrimentos inenarráveis.
         Nesse empenho de religiosidade teremos sempre na oração contrita o lenitivo para as dores, a solução para os problemas, o alento para as horas difíceis, de forma a que nunca faleça em nós a serenidade e o bom ânimo, mesmo ante a adversidade.
         É também a oração o bálsamo para aqueles que colhem no mundo espiritual as tristes consequências desse gesto extremado de fuga.
         Amantes da sétima arte, oremos por esse homem que semeou sonhos na magia do cinema, mas, infelizmente, optou pelo pesadelo.
         Como o personagem que tirou a esposa do inferno, possam seus mentores resgatá-lo em tempo breve para as colônias espirituais, onde venha a refazer-se, recompondo seu destino.




sexta-feira, 15 de agosto de 2014

RÁDIO CEAC (Bauru-SP) – programação diária
AMANHÃ, sábado, dia 16.08.2014

0h
Palestra do auditório do CEAC
1h
Cortina da Madrugada
2h
Cortina da Madrugada
3h
Música Variada
4h
Palestra do auditório do CEAC
5h
A Música no Tempo
6h
Música Variada
7h
O Violeiro
8h
Palavras de Emmanuel/Além do Arco-Íris
9h
Música Variada
10h
Música Variada
11h
Diálogos Espíritas – ao vivo
12h
Música Variada
13h
Música Variada
14h
Música Variada
15h
Palestra do auditório do CEAC
16h
Música Variada
17h
Música Variada
18h
A Música no Mundo
19h
Rádio-novela Espírita
20h
Perguntando e Aprendendo
21h
Música Variada
22h30
Além do Arco-Íris
23h30
Presença Espírta




DESPRENDIMENTO

Emmanuel – Chico Xavier

Fácil é desprender-se alguém da moeda que sobra, em favor do vizinho necessitado, mas é muito difícil projetar, a benefício dos outros, o sorriso de estímulo e o abraço da fraternidade que ajuda efetivamente.

Fácil é dar, de acordo com a nossa vontade e modo de ver ou sentir, mas é sempre difícil auxiliar o companheiro de jornada humana, segundo os projetos e aspirações que ele nos apresenta.

Fácil é desligar o coração de objetos e bens, no enriquecimento de quantos sejam simpáticos aos nossos caprichos individuais, mas é muito difícil ceder em favor daqueles que não nos acompanham as opiniões.

Fácil é transmitir o que nos custou esforço algum, entretanto, é difícil espalhar o que supomos conquista nossa.

Fácil é sacrificarmo-nos pela melhoria dos nossos amigos e familiares, no entanto, é sempre difícil a renunciação em auxílio dos que não oram pela cartilha de nossas devoções pessoais.

Fácil é libertar a palavra que ensina, mas é muito difícil desenvolver a ação que realiza.

Incontestavelmente, grande amor à Humanidade demonstra o aprendiz do Evangelho que distribui o pão e o remédio, o socorro e o ensinamento, a esmola e o auxílio, nas linhas materiais da vida; contudo, enquanto não aprendermos a dar de nosso suor, do nosso ponto de vista, do nosso concurso individual, do nosso sangue, do nosso tempo e de nosso coração, em favor de Todos, não ingressaremos, realmente, no grande Templo da Humanidade, onde receberemos, edificados e felizes, o título de Companheiros e Discípulos de Jesus.

Livro: Família – Emmanuel – Chico Xavier

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

RÁDIO CEAC (Bauru-SP) – programação diária
AMANHÃ, sexta-feira, dia 15.08.2014

0h
Palestra do auditório do CEAC
1h
Cortina da Madrugada
2h
Cortina da Madrugada
3h
A Música e o Cinema
4h
Palestra do auditório do CEAC
5h
A Música no Tempo
6h
Música Variada
7h
O Violeiro
8h
Palavras de Emmanuel/Além do Arco-Íris
9h
Música Variada
10h
Música Variada
11h
Presença Espírita
12h
Música Variada
13h
Música Variada
14h
Música Variada
15h
Perguntando e Aprendendo
16h
Música Variada
17h
Música Variada
18h
Palavras de Emmanuel
19h
Rádio-novela Espírita
20h
Palestra no auditório do CEAC – ao vivo
21h30
A Música e o Cinema
22h30
Música Clássica e Emmanuel
23h30
Diálogos Espíritas



quarta-feira, 13 de agosto de 2014

RÁDIO CEAC (Bauru-SP) – programação diária
AMANHÃ, quinta-feira, dia 14.08.2014

0h
Palestra do auditório do CEAC
1h
Cortina da Madrugada
2h
Cortina da Madrugada
3h
A Light of Hope
4h
Palestra do auditório do CEAC
5h
Música Variada
6h
Música Variada
7h
O Violeiro
8h
Palavras de Emmanuel/Além do Arco-Íris
9h
Música Variada
10h
Música Variada
11h
Diálogos Espíritas
12h
Música Variada
13h
Música Variada
14h
Música Variada
15h
Palestra no auditório do CEAC – ao vivo
16h
Música Variada
17h
Música Variada
18h
Palavras de Emmanuel
19h
Convite à Doutrina Espírita
20h
Palestra do auditório do CEAC
21h30
A Música no Tempo
22h30
Além do Arco-Íris
23h
Presença Espírita