quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Conhece a relação entre os teus dois olhos? Eles piscam juntos, movem-se juntos, choram juntos, vêem as coisas juntos e dormem juntos. Ainda que nunca, possam ver um ao outro. A amizade é assim!

COMO MANTER-SE JOVEM:

1. Elimine os números que não são essenciais. Isto inclui a idade , o peso e a altura.
2.Conserve só os amigos divertidos. Os depressivos jogam-no abaixo.
3. Aprenda sempre: sobre computadores, artes, jardinagem, o que quer que seja. Não deixe que o seu cérebro se torne preguiçoso. Mente preguiçosa é a oficina do Alemão. E o nome do Alemão é Alzheimer!
4. Aprecie as pequenas coisas.
5. Ria muitas vezes , durante muito tempo e muito alto. Ria até que lhe falte o ar.
6. Quando as lágrimas aparecerem, aguente, sofra e supere-as. A única pessoa que fica conosco toda a vida somos nós mesmos. VIVA enquanto estiver vivo.
7. Rodeie-se das coisas que ama: a família, os animais, as plantas, hobbies.
8. Cuide da sua saúde:
Se é boa, mantenha-a.
Se é instável, melhore-a.
Se não consegue melhorá-la, procure ajuda.
9. Diga às pessoas que ama que as ama, em cada oportunidade.

Se A VIDA É BELA POR QUE NÃO SORRIR SEMPRE?

terça-feira, 28 de outubro de 2014

DIÁLOGO - Richard Simonetti


Num restaurante, o casal bebericava. 

Ele, cerveja bem gelada.

Ela, suco de laranja natural.

Guardavam silêncio.

Não era aquela quietude tranquila, sem constrangimento, nascida da intimidade, mera pausa na conversação.

Situava-se como o silêncio de cônjuges que perderam o gosto pela conversa, relacionamento desgastado.

Em dado momento ele murmurou, carinhoso:

– Eu te amo!

Ela o contemplou atônita, surpreendida.

Há séculos o marido não lhe falava assim!

Seria efeito do álcool?

Exprimiu sua dúvida, perguntando:

– É você quem está falando ou a cerveja?

E ele:

– Estou falando com a cerveja.

Bem, caro leitor, não sei se ela quebrou a garrafa na cabeça do infeliz ou simplesmente procurou o advogado para pedir divórcio…

Não obstante, esse episódio sugere algumas ponderações sobre a vida conjugal.

Aprendemos com o Espiritismo que geralmente os casamentos são planejados na Espiritualidade pelos próprios cônjuges ou seus mentores.

Os objetivos são variados, mas basicamente atendem à necessidade de desfazer aversões ou consolidar afeições, decorrentes de relacionamentos passados, num empenho de harmonização, o que nem sempre acontece.

Na atualidade cresce sempre o número de divórcios, porque acabou a afeição ou recrudesceu a aversão.

Isso costuma acontecer mesmo entre os casais que permanecem juntos, dispostos a suportarem-se por amor aos filhos ou respeito à religião. 

Diz o espírita:

– Já que é meu compromisso cármico, carregarei essa cruz até o fim de nossos dias. Depois, na vida espiritual, será cada um por si! Praza aos céus não nos vejamos nunca mais! Quero esquecer que estivemos juntos!

Quem age assim provavelmente reencontrará o cônjuge em futura reencarnação. 

Viverão nova experiência em comum, porquanto não foi cumprida uma das finalidades básicas do matrimônio: a harmonização das almas, em convivência pacífica. 

Em favor desse objetivo há um recurso indispensável: o cultivo do diálogo, a disposição de conversar, trocar ideias, exercitar os miolos, abrir o coração…

Um homem culto e inteligente apaixonou-se por linda jovem. Sentindo-se correspondido, pretendeu pedi-la em casamento, porém não usou a fórmula tradicional:

– Você me daria a honra de ser minha esposa?

Disse-lhe, simplesmente:

– Você gostaria de passar os próximos quarenta anos a conversar comigo?

Eis a base do casamento perfeito: longa conversa, a estender-se vida afora.

Pode o tempo passar, a paixão esgotar-se, a beleza física desfazer-se, mas, se o diálogo permanece, o amor fica.

Um amigo dizia:

– Não ocorre o contrário? Cessa o diálogo porque o amor foi embora?

Está confundindo amor com paixão.

Se o casamento foi baseado na paixão, na atração física, o diálogo acaba quando se esgota o desejo.

Isso acontece frequentemente na atualidade, de liberdade sexual confundida com libertinagem, de namoros que começam no motel.

Diálogos frequentes, francos, abertos, aquele desvelar a alma, representam a poção mágica para uma união amigável e perfeita, com pleno entendimento entre os cônjuges.

Naturalmente, diálogos civilizados, de respeito mútuo, jamais resvalando para a lamentável pancadaria verbal, quando as pessoas põem-se a gritar e a ofender, conturbando a vida conjugal.

Diálogos bem-humorados, sinceros, amigos, de tal forma que sempre haverá assunto, e quando o marido disser eu te amo a esposa saberá que ele não está falando com a cerveja.

Recado ao prezado leitor: Este texto consta de meu novo livro Para Ganhar a Vida, publicado pela CEAC-Editora.

sábado, 18 de outubro de 2014

PALPITES - Richard Simonetti

Em modesta residência, na periferia, uma mulher, médium em transe, transmite a manifestação de um “guia” que atende a aflita jovem:

– Vim pedir-lhe ajuda. Sou casada há cinco anos. Te­nho dois filhos. Vivíamos relativamente bem, mas ulti­mamente nosso relacionamento é péssimo. Meu esposo anda muito nervoso. Brigamos com frequência. Noutro dia afirmou que se arrepende de ter constituído família. Creio que se envolveu com alguma aventureira...

– Minha filha – diz a entidade –, seu lar está ameaça­do. Vejo muitas vibrações de pessoas que não querem sua felicidade e há uma mulher seduzindo seu mari­do...

Seguem-se orientações relacionadas com defumações, velas, banhos de defesa, rezas... A jovem retira-se confiante. Suas suspeitas estavam confirmadas e receberia ajuda espiritual.

A médium prossegue no atendimento: um homem com crônica conjuntivite, o vendedor com dificuldade para colocar seus produtos, a mulher dominada pela de­pressão, a adolescente que brigou com o namorado...

Embora sejam atribulações diversificadas, aparen­temente, segundo a palavra do Espírito, parecem origi­nar-se de fontes comuns: inveja, perseguição, influência negativa, vingança...

Especialistas em atividades dessa natureza multi­plicam-se. Alguns chegam a fazer propaganda de seu tra­balho, em folhetos e anúncios classificados nos jornais, prometendo prodígios.

Assim como muita gente comparece ao Centro Espírita como se fora um hospital, há os que frequentam assiduamente esses “consultórios”, em prática tão antiga quanto o mundo. No tempo de Moisés era tão dissemi­nada e ocorriam tantos abusos que o eminente patriarca judeu decidiu proibir a evocação dos mortos.

Oportuno ressaltar que essas atividades nada têm a ver com o Espiritismo, nem são espíritas aqueles que as desenvolvem. Quando muito, se não mistificam, são médiuns, cumprindo fazer-se uma distinção entre mediunismo e a doutrina codificada por Allan Kardec:

Mediunismo é o intercâmbio com o Além. Pode ser exercitado por qualquer pessoa dotada de sensibilidade psíquica, independente de sua condição social ou reli­giosa. Há médiuns no seio de todas as classes sociais e re­ligiões.

O Espiritismo é uma filosofia existencial com bases científicas e consequências religiosas. O simples enun­ciado desse tríplice aspecto impõe uma atitude séria na sua apreciação e a disposição para o estudo e a análise de seus postulados, acima dos interesses imediatistas, para que possamos entender sua grandiosa mensagem.

Destaque-se o empenho a que somos convocados em favor de nossa própria renovação, sem o qual jamais se­remos espíritas autênticos, como deixa bem claro Kardec, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, ao afirmar: Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transfor­mação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más.

Importante frisar sempre, embora possa parecer re­petitivo, que não devemos procurar os Espíritos para a solução de problemas que decorrem de nossas próprias mazelas. Sempre que comparecermos aos consultórios do Além estejamos conscientes de que dificilmente se­remos atendidos por mentores autênticos. Eles têm as­suntos mais importantes a tratar. Normalmente, os Espí­ritos que se dedicam a essa atividade, principalmente quando o médium cobra pelos seus favores, são orienta­dores sem orientação, que nada sabem das necessidades reais dos consulentes e que, para ganhar sua confiança, limitam-se a dizer o que eles querem ouvir:

A mulher desconfiada da fidelidade do marido será alertada de que há uma sedutora; quem não gosta dos vi­zinhos ouvirá que são invejosos e lhe desejam o mal; aquele que não se ajusta a empregos será informado de que sofre perseguições...

Sem a mínima condição para definir caminhos mais acertados, atuam como palpiteiros, sugerindo pro­vidências e tratamentos que até podem dar certo, como todo palpite, mas jamais resolvem em definitivo os pro­blemas de seus protegidos, tornando-os, não raro, mais complexos.

A propósito, vale lembrar a história daquele ho­mem viciado em pedir favores a um guia, em con­sultório nas imediações de sua residência, na mais es­treita dependência. Não dava um passo sem a ajuda do protetor, que estava mais para palpiteiro, orientando-o precariamente. Certo dia o protegido pediu amparo mais efetivo:

– O senhor precisa dar um jeito na minha situação. Cansei de ser pobre...

– O que quer que eu faça, meu filho?

– Quero ganhar uma bolada no jogo do bicho.

– É difícil...

– Mas sei que pode conseguir. Por favor... Preciso muito!...

O Espírito silenciou por alguns momentos, como quem consulta os alfarrábios do futuro. Depois recomendou:

– Está bem. Amanhã jogue no número 23.492.

O protegido, todo animado, reuniu seus haveres, vendeu o televisor e um jogo de sofás; emprestou bom dinheiro de amigos, apropriou-se do salário da filha mais velha e fez o jogo recomendado, considerando, em feliz expectativa, que jamais voltaria a passar por aperturas econômicas.

À tarde acompanhou, trêmulo, o sorteio pelo rádio. O locutor anunciava pausadamente os números sortea­dos. Quando chegou a vez do primeiro prêmio, onde re­pousavam suas esperanças, a tensão era enorme:

– Vinte e três mil...

– Meu Deus! Vai dar! Vai dar!...

– Quatrocentos e noventa e...

– Estou rico! Já ganhei!...

– ...três.

– Três? Está errado! É dois!

O locutor repetiu:

– Vinte e três mil, quatrocentos e noventa e três.

Pateticamente ele sacudia o rádio:

– Não é três, idiota! É dois! Dois!... Houve enga­no!...

Telefonou para a emissora. Não havia erro. Perdera por um algarismo, enterrando-se em dívidas e aperturas. Correu ao guia.

– Uma desgraça! Joguei o que não possuía e perdi! O que houve? O senhor recomendou 23.492. Deu 23.493.

O Espírito respondeu cheio de animação:

– Ah! Meu filho! Fico feliz. Quase acertamos! Talvez dê certo na próxima!

Fora apenas um palpite...

Nossa existência não pode ser orientada por palpi­tes. É preciso ter certezas. E a certeza fundamental foi enunciada por Jesus: O Reino de Deus está dentro de vós! (Lucas: 17-21).

O estado íntimo de serenidade, alegria e bom-ânimo, alicerces de uma felicidade legítima e duradoura, é uma construção pessoal, que devemos realizar com o es­forço por entender o que a Vida espera de nós.

Nesse particular a Doutrina Espírita tem muito a nos oferecer, se nos dispusermos a estudá-la buscando sua orientação objetiva e segura, sem recorrer a palpitei­ros. 

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Desceu do animal – Orson Peter Carrara
                A primeira atitude daquele homem foi descer do animal, um cavalo ou um camelo. Em sua caminhada encontrou aquele homem ferido, que havia sido desprezado por dois outros que ali passaram, conforme narra a conhecida Parábola do Bom Samaritano. Todo mundo conhece a parábola, nem é preciso narrar novamente. Seus personagens e desdobramentos são muito conhecidos e as lições morais daí decorrentes igualmente tocam o coração humano com lições incomparáveis.
                Deixemos, todavia, aquelas lições já conhecidas, divulgadas e disponíveis para quem deseja ampliar o assunto e conhecer mais.  Fixemo-nos na ocorrência da decisão do terceiro personagem, o bom samaritano, que encontrou o homem caído e ferido.
                Sua primeira atitude foi descer do animal que o transportava. Isso não se deve apenas ao fato da comodidade de estar mais próximo, mas mostra a postura de decisão, de humildade principalmente, ao aproximar-se do enfermo caído. Antes de qualquer outra iniciativa de apoio que se sucedeu, como conhecida, ele antes desce do animal, aproxima-se, verifica a necessidade, para depois, então, agir como exigia o momento.
                A ocorrência é repleta de ensinos. Ele sentiu a dor alheia, preocupou-se com a dificuldade, não se manteve no pedestal da facilidade de locomoção que se encontrava – o que naturalmente pode ser comparado com as facilidades do nome, do cargo, da posição social, entre outras circunstâncias –, que todos normalmente desfrutamos.
                Ao aproximar-se, providenciou o que era necessário, como conhecido. Antes, a indiferença dos outros dois personagens. Sua aproximação, contudo, mudou todo o quadro da história. Desceu do animal com a disposição de ajudar, de fazer-se presente no que era necessário, de levar adiante as providências que o momento exigia.
                As lições preciosas da citada parábola estão em todo o trecho. Desde o orgulho e a indiferença dos outros dois personagens e ganha destaque já a partir da decisão de socorrer o infeliz, quando, então, desce do animal.
                Sim! Precisamos observar atentamente este dado inicial da parábola. Também precisamos descer dos pedestais do orgulho, do egoísmo, da prepotência, da vaidade, da indiferença. Na verdade, trazemos conosco o dever de atenuar as agruras alheias. Fácil? Nem sempre! Muitos desafios se apresentam nessa decisão de auxiliar a quem precisa, mas é importante que não permaneçamos indiferentes, que façamos o que esteja ao nosso alcance.
                E esta decisão não se resume apenas no socorro à dificuldade alheia. Ela pode ser ampliada por meio da boa vontade e da disposição em ser útil. Também se encaixa perfeitamente em facilitarmos o andamento das providências e ocorrências do cotidiano. Seja no trato com um animal doméstico, com uma criança, com idosos, com outros adultos de nosso relacionamento, perante as providências diárias, na vida social, familiar ou profissional.
                Desçamos, pois, de nossas pretensões. Aproveitemos a bela lição para revermos nossos próprios comportamentos perante perspectivas da própria vida e principalmente perante as dificuldades alheias...                
JOVEM QUE CONSEGUE SAIR DO PRÓPRIO CORPO VIRA TEMA DE ESTUDO CIENTÍFICO

Depois de assistir a uma aula sobre experiências fora do corpo, uma aluna de psicologia da Universidade de Ottawa, no Canadá, conversou com pesquisadores e contou que ela costumava induzir esse processo voluntariamente, em geral, antes de dormir.

Impressionados com o caso, os pesquisadores Andra M. Smith e Claude Messier resolveram estudar a jovem, que ficou impressionada ao perceber que nem todas as pessoas eram capazes de experienciar o mesmo. Os resultados e as descobertas dos neurologistas foram publicados no periódico Frontiers in Human Neuroscience.

A jovem relatou que esse tipo de experiência é comum para ela, que começou a sair do corpo voluntariamente quando era criança. Eventualmente, ela ficava entediada com a “hora do sono” que tinha na escola e, em vez de dormir, ela conta que ficava se movendo acima do seu corpo.

Hoje, a jovem tem 24 anos e relata que continuou com a prática conforme foi crescendo, imaginando que se tratava de uma coisa que todo mundo conseguia fazer. De acordo com o estudo, foi assim que ela descreveu suas experiências: “Ela podia se ver rolando no ar acima do seu corpo deitado e girando no plano horizontal. Ela afirmou assistir a si mesma se movendo acima, mas consciente do estado imóvel do seu corpo ‘real’. A participante não reportou nenhuma emoção relacionada à experiência”.

Os cientistas ressaltam que essa é a primeira pessoa a ser estudada que tem a capacidade de induzir esse tipo de atividade e sem apresentar qualquer alteração cerebral. Para entender melhor o que acontecia no cérebro da estudante durante a experiência extracorpórea, ressonâncias magnéticas foram realizadas. Os pesquisadores notaram que durante o processo ocorria a desativação do córtex visual e a ativação de diferentes áreas do lado esquerdo, que estão associadas à cinestesia, como as representações mentais dos movimentos do corpo.

A partir dessas descobertas, os pesquisadores acreditam que existe a possibilidade desse fenômeno ser mais comum do que se imagina, mas as pessoas não relatam por acharem que não é nada de excepcional. Ainda, tudo indica que a habilidade está presente na infância, mas pode se perder com o passar do tempo se não houver uma prática regular.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Fotos: ANTONIO DE MELLO


 preparativos.



 autógrafos.




 autógrafo
 Sidney e s. José
  autógrafo
 abertura da palestra com a diretora do CEAK
 público



 Presidente da USE - abertura da palestra
 palestra

 apresentação dos livros de autoria de Sidney.


 palestra


 confraternização com o público e venda de livros


PACIÊNCIA-Richard Simonetti

A senhora reclamava:

– Pois é, Chico, todos me dizem para ter paciência, paciência com isso, paciência com aquilo… Estou cansada de ser paciente!

E Chico:

– Minha irmã, a paciência é um remédio que precisamos tomar todos os dias, de preferência em jejum, pela manhã, mesmo que nos pareça não precisarmos dele.

***

As virtudes evangélicas são decantadas como deveres do cristão para a edificação de um Mundo melhor.

E também como valioso investimento de bênçãos em favor de um futuro glorioso, quando aprouver ao Senhor convocar-nos para o “outro lado”. 

Geralmente os fiéis não costumam envolver-se muito com o assunto. O esforço em favor do próximo é desencorajado pelo egoísmo. E quanto às benesses do amanhã, na vida espiritual, são sempre encaradas como algo remoto…

A questão muda de figura quando cogitamos das virtudes evangélicas como exercício indispensável ao nosso equilíbrio e bem-estar.

Exemplo está na paciência, recomendada por Chico.

Para um entendimento sobre o assunto, lembremos um mal disseminado na Humanidade – os diabetes.

Trata-se de um distúrbio endocrinológico provocado por uma paralisação do pâncreas, que deixa de produzir insulina, hormônio indispensável ao metabolismo dos carboidratos, no sangue.

O paciente fica na obrigatoriedade de tomar insulina sintética pela vida toda, sob pena de sofrer sérios problemas de saúde.

Algo semelhante ocorre em relação à paciência, hormônio espiritual que garante nossa estabilidade física e psíquica.

Somos carentes de paciência. 

Resultado: irritação, intranquilidade, tensão, ansiedade, que produzem estragos, complicando relacionamentos, gerando desentendimentos e desajustando o corpo e o Espírito, com o que acabamos abreviando a jornada humana.
***

Uma senhora comemorava os cem anos de existência, rodeada de filhos, netos, bisnetos, tataranetos...

E se tentava definir a origem de sua longevidade.

Uma neta matou a charada:

– Vovó tem uma paciência de Jó. Nunca se aborrece, nem se exalta. Não cultiva rancores, nem ressentimentos. Está sempre tranquila.

Certamente sua alma, após milenares experiências, aprimorou os mecanismos de produção natural da paciência.

Para nós outros, carentes desse hormônio da alma, é preciso, como ensina Chico, tomar doses de paciência diariamente, com o cultivo da reflexão, injetando-a em nossas veias espirituais. 

Anime-nos o fato de que estaremos cumprindo nossos deveres para com o próximo, preparando um futuro melhor habilitando-nos a aproveitar integralmente as oportunidades de edificação que Deus nos concede na experiência reencarnatória.

Vale lembrar que, conforme relata o texto Bíblico, Jó foi um homem muito rico, pai de muitos filhos, senhor de muitas propriedades. 

Tudo lhe foi tirado por artimanhas de satanás, que queria provar a Deus que ele perderia a paciência. 

Não conseguiu seu intento. 

Jó, doente e pobre, sem filhos e sem propriedades, reduzido à mais abjeta condição, ainda assim sustentou sua proverbial paciência, pronunciando a frase célebre (Jó, 1:21):

– O Senhor o deu e o Senhor o tomou, bendito seja o seu nome!

E o Senhor o premiou, restituindo-lhe todos os bens, proporcionando-lhe bênçãos de nova paternidade. 

Teve mais filhos, ficou mais rico.

E viveu ainda cento e quarenta e oito anos!

Por isso, leitor amigo, se cultivar a paciência, essa mesma virtude com a qual chegou até aqui, nestas mal traçadas linhas, certamente não viverá tanto tempo como Jó, conforme fantasiou o autor do texto bíblico, mas, sem dúvida, viverá integralmente o tempo que o Senhor lhe concedeu para a experiência humana.    


terça-feira, 14 de outubro de 2014


Você Tem

Quando alguém o busca com frio, é porque você tem o cobertor.
Se a tristeza empurra alguém para perto de você, é porque você tem o sorriso.
Se alguém chega com lágrimas, é porque você tem o lenço.
Se a dor impulsiona alguém em sua direção, é porque você tem o curativo.
Quando alguém se acerca com fome, é porque você tem o alimento.
E se o desânimo lhe aproxima um ser, é porque você tem o estímulo necessário.
Quando alguém chega em desespero, é porque você tem a serenidade.
Se alguém foge do tumulto e lhe busca a presença, é porque você tem a tranquilidade.
Quando alguém o procura com medo, é porque você tem a segurança.
Quando vem ao seu encontro um coração aflito, é porque você tem a calma.
E se alguém o busca com palavras, é porque você tem a capacidade de ouvir.
Quando lhe chega uma alma em conflitos, é porque você tem a temperança.
Se alguém se aproxima com ódio, é porque você tem o amor.
Se alguém lhe confidencia segredos, é porque você possui a discrição.
Se a mágoa lhe traz alguém, é porque você tem o perdão.
Se lhe apresentam a fantasia, é porque você tem a realidade.
Quando lhe trazem versos, é porque você tem a melodia.
Quando lhe estendem as mãos sangrando, é porque você tem o remédio.
Quando alguém lhe chega com a indecisão, é porque você conhece o rumo certo.
Quando alguém lhe chega com carências, é porque você tem a ternura.
E se alguém o busca com dúvidas, é porque você tem a fé.
Quando alguém se aproxima com passos vacilantes, é porque você tem a firmeza.
Se alguém se apresenta com a vontade paralisada, é porque você tem o dinamismo.
Quando alguém chega com a mente confusa, é porque você tem a lucidez.
E se alguém se aproxima com os braços abertos, é porque você tem o abraço.
E, por fim, quando alguém lhe apresenta um frasco vazio, é porque você tem o perfume.
Por todas essas razões, nunca deixe alguém que o busca partir sem uma resposta, pois ninguém chega até você por acaso.
Ainda que você pense que nada possui para oferecer, isso não é verdade. Se alguém lhe apresenta uma necessidade qualquer, mesmo que velada, é porque você tem algo para oferecer.
* * *
De tudo o que Deus criou e que existe no mundo, o mais importante está dentro de você.
São as suas virtudes de esperança, otimismo, coragem, confiança e amor.
Essas qualidades devem brilhar para fazer a sua vida diferente.
Do desabrochar dessas virtudes latentes em seu íntimo, depende a felicidade de muitos.
Deixe-as fluir de dentro de você como um pássaro livre e perceberá que essa força divina espargirá paz ao seu redor, alcançando a todos aqueles que cruzam o seu caminho.
Redação do Momento Espírita.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

LEMBRANÇA FRATERNAL AOS ENFERMOS 

Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Livro: Coletânea do Além. Lição nº 56. Página 125. 

Publicada no “Reformador" de setembro de 1941. O Reformador é uma publicação da Federação Espírita Brasileira - FEB, fundada em 1883. 

Queres o restabelecimento da saúde do corpo e isso é justo.

Mas, atende ao que te lembra um amigo que já se vestiu de vários corpos e compreendeu, depois de longas lutas, a necessidade da saúde espiritual.

A tarefa humana já representa, por si, uma oportunidade de reerguimento aos espíritos enfermos.

Lembra-te, pois, de que tua alma está doente e precisa curar-se sob os cuidados de Jesus, o nosso Grande Médico.

Nunca pensaste que o Evangelho é uma receita geral para a humanidade sofredora?

É muito importante combater as moléstias do corpo; mas, ninguém conseguirá eliminar efeitos quando as causas permanecem.

Usa os remédios humanos, porém, inclina-te para Jesus e renova-te, espiritualmente, nas lições de seu amor.

Recorda que Lázaro, não obstante voltar do sepulcro, em sua carne, pela poderosa influência do Cristo, teve de entregar seu corpo ao túmulo, mais tarde. O Mestre chamava-o a novo ensejo de iluminação da alma imperecível, mas não ao absurdo privilégio da carne imutável.

Não somos as células orgânicas que se agrupam, a nosso serviço, quando necessitamos da experiência terrestre. Somos espíritos imortais e esses microrganismos são naturalmente intoxicados, quando os viciamos ou aviltamos, em nossa condição de rebeldia ou de inferioridade. 

Os estados mórbidos são reflexos ou resultantes de nossas vibrações mais íntimas.

Não trates as doenças com pavor e desequilíbrio das emoções. Cada uma tem sua linguagem silenciosa e se faz acompanhar de finalidades específicas.

A hepatite, a indigestão, a gastralgia, o resfriado são ótimos avisos contra o abuso e a indiferença. Por que preferes bebidas excitantes, quando sabes que a água é a boa companheira, que lava os piores detritos humanos? Por que o excesso dos frios no verão e a demasia de calor nos tempos de inverno? Acaso ignoras que o equilíbrio é filho da sobriedade? O próprio irracional tem uma lição de simples impulso, satisfazendo-se com a sombra das árvores na secura do estio e com a benção do sol nas manhãs hibernais. 

Pela tua inconformação e indisciplina, desordenas o fígado, estragas os órgãos respiratórios, aborreces o estômago. Observamos, assim, que essas doenças-avisos se verificam por causas de ordem moral. Quando as advertências não prevalecem, surgem as úlceras, as congestões, as nefrites, os reumatismos, as obstruções, as enxaquecas. 

Por não se conformar o homem, com os desígnios do Pai que criou as leis da natureza como regulamentos naturais para a sua casa terrestre, submete as células que o servem ao desregramento, velha causa de nossas ruínas.

E que dizermos da sífilis e do alcoolismo procurados além do próprio abuso?

Entretanto, no capítulo das enfermidades que buscam a criatura, necessitamos considerar que cada uma tem sua função justa e definida.

As moléstias dificilmente curáveis, como a tuberculose, a lepra, a cegueira, a paralisia, a loucura, o câncer, são escoadouros das imperfeições. 

A epidemia é uma provação coletiva, sem que essa afirmativa, no entanto, dispense o homem do esforço para o saneamento e higiene de sua habitação. 

Há dores íntimas, ocultas ao público, que são aguilhões salvadores para a existência inteira. 

As enfermidades oriundas dos acidentes imprevistos são resgates justos. 

Os aleijões são parte integrante das tabelas expiatórias. 

A moléstia hereditária assinala a luta merecida.

Vemos, portanto, que a doença, quando não seja a advertência das células queixosas do tirânico senhor que as domina, é a mensageira amiga convidando a meditações necessárias.

Desejas a cura; é natural. Mas, precisas tratar-te a ti mesmo para que possas remediar ao teu corpo. 

Nos pensamentos ansiosos, recorre ao exemplo de Jesus. Não nos consta que o Mestre estivesse algum dia de cama; todavia, sabemos que ele esteve na cruz.

Obedece, pois, a Deus e não te rebeles contra os aguilhões. 

Socorre-te do médico do mundo ou de teu irmão do plano espiritual, mas, não exijas milagres, que esses benfeitores da terra e do céu não podem fazer. Só Deus te pode dar acréscimo de misericórdia, quando te esforçares por compreendê-lo.

Não deixes de atender às necessidades de teus órgãos materiais que constituem a tua vestimenta no mundo; mas, lembra-te do problema fundamental que é a posse da saúde para a vida eterna. 

Cumpre teus deveres, repara como te alimentas, busca prever antes de remediar e, pelas muitas experiências dolorosas que já vivi no mundo terrestre, recorda comigo aquelas sábias palavras do Senhor ao paralítico de Jerusalém: - "Eis que já estás são, não peques mais, para que não te suceda alguma coisa pior." 


JESUS E HUMILDADE

Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Livro: Religião dos Espíritos. Lição nº 17. Página 47.

Reunião pública de 09/03/1959.

Estudando a humildade, vejamos como se comportava Jesus no exercício da sublime virtude.

Decerto, no tempo em que ao mundo deveria surgir a mensagem da Boa Nova, poderia permanecer na glória celeste e fazer-se representar entre os homens pela pessoa de mensageiros angélicos, mas preferiu descer, Ele mesmo, ao chão da Terra, e experimentar-lhe as vicissitudes.

Indubitavelmente, contava com poder bastante para anular a sentença de Herodes que mandava decepar a cabeça dos recém-natos de sua condição, com o fim de impedir-lhe a presença; entretanto, afastou-se prudentemente para longínquo rincão, até que a descabida exigência fosse necessariamente proscrita.

Dispunha de vastos recursos para se impor em Jerusalém, ao pé dos doutores que lhe negavam autoridade no ensino das novas revelações; contudo, retirou-se sem mágoa em demanda de remota província, a valer-se dos homens rudes que lhe acolhiam a palavra consoladora.

Possuía suficiente virtude para humilhar a filha de Magdala, dominada pela força das sombras; no entanto, silenciou a própria grandeza moral para chamá-la docemente ao reajuste da vida.

Atento à própria dignidade, era justo mandasse os discípulos ao encontro dos sofredores para consolá-los na angústia e sarar-lhes a ulceração; todavia, não renunciou ao privilégio de seguir, Ele mesmo, em cada canto de estrada, a fim de ofertar-lhes alívio e esperança, fortaleza e renovação.

Certo, detinha elementos para desfazer-se de Judas, o aprendiz insensato; porém, apesar de tudo, conservou-o até o último dia da luta, entre aqueles que mais amava.

Com uma simples palavra, poderia confundir os juízes que o rebaixavam perante Barrabás, autor de crimes confessos; contudo, abraçou a cruz da morte, rogando perdão para os próprios carrascos.

Por fim, poderia condenar Saulo de Tarso, o implacável perseguidor, a penas soezes, pela intransigência perversa com que aniquilava a plantação do Evangelho nascente; mas buscou-o, em pessoa, às portas de Damasco, visitando-lhe o coração, por sabê-lo enganado na direção em que se movia.

Com Jesus, percebemos que a humildade nem sempre surge da pobreza ou da enfermidade que tanta vez somente significam lições regeneradoras, e sim que o talento celeste é atitude da alma que olvida a própria luz para levantar os que se arrastam nas trevas e que procura sacrificar a si própria, nos carreiros empedrados do mundo, para que os outros aprendam, sem constrangimento ou barulho, a encontrar o caminho para as bênçãos do Céu.
IMUNIZAÇÃO ESPIRITUAL - Emmanuel

Raras pessoas percebem que, no mundo, existe um serviço de imunização do espírito que não deve menosprezar.

Referimo-nos ao entendimento que respeita as provas e as dificuldades alheias, procurando auxiliar aos outros, em silêncio, antes que se desmandem, através de faltas em que não precisariam comprometer a paz de consciência.

Se em derredor de ti, muitas vezes, surgem desequilíbrios e agitações, podes conservar a serenidade do campo íntimo, à feição do lago, que sendo cercado por forças antagônicas em luta, consegue manter-se em paz, refletindo as estrelas.

À frente de criaturas, vinculadas ao teu amor, sequiosas de independência, aprende a libertá-las com a força da compreensão que te felicita.

Não se apenas os corações até agora desconhecidos, com os quais te defrontas nas vias públicas ou nas áreas da atividade profissional que te pedem socorro desse jaez.

Especialmente, no círculo daqueles a que mais amas se destacam semelhantes exigências.

Imprescindível nos preparemos, tanto no Plano Espiritual quanto no Plano Físico a fim de doar a liberação a que nos reportamos.

Criaturas amadas, que apresentam o nome de filhos e filhas, nem sempre se mostram felizes ao lado de nosso amor; outras que desempenham, junto de nós, os encargos de pais ou mães talvez anseiem por experiências diferentes das nossas; irmãos e companheiros inesquecíveis, em certas ocasiões, demonstram, de modo claro, o propósito de se manterem desligados de nós, por vezes fatigados de nossa presença ou do sistema de vida a que nos impomos.

Auxiliemo-los a se livrarem de nós, sem estranheza ou ressentimento.

Já que não são crianças, credores de proteção e discernimento, confiemo-los à escola da vida, em que a Divina Providência nos internou.

E, ao liberá-los, estejamos prontos a servi-los tantas vezes quantas se fizerem necessárias.

O amor não cria problemas.

Cada qual tem o seu próprio caminho.

E Deus, que nos ama a todos, saberá prover-nos com os recursos indispensáveis à nossa própria sustentação e sobrevivência, considerando em nós as necessidades de cada um.

Livro: Algo Mais – Emmanuel – Chico Xavier 
DETERMINISMO - Richard Simonetti

Qualquer pessoa medianamente informada conhece o complexo de Édipo, consagrado por Sigmund Freud (1856-1939), como a tendência de se ligarem os filhos às suas mães, em oposição aos pais. Ele se inspirou- numa tragédia grega: Édipo Rei, de Sófocles (495-406 a.C.).

Édipo, segundo os oráculos, mataria seu pai e se casaria com a mãe, o que efetivamente aconteceu, numa fantasia recheada de lances dramáticos e mirabolantes, bem ao gosto da mitologia grega.

A tese de Freud, porém, não resiste aos fatos. Há filhos “vidrados” na figura paterna. Além disso, a afinidade ou animosidade entre pais e filhos decorre muito mais de ligações harmônicas ou conflituosas de vidas anteriores.

Se alguém reencontra no pai um rival do passado, quando disputavam o amor de uma mulher, hoje possivelmente ligada a ambos como mãe e esposa, enfrentará conflitos em seu relacionamento. Em contrapartida, dar-se-á muito bem com o genitor que foi amigo ou familiar ligado ao seu coração.

E há que se considerar o comportamento. Se não cultivarmos valores elementares de convivência civilizada – compreensão, atenção, respeito, tolerância, cooperação, solidariedade… –, os melhores amigos do pretérito nos parecerão figadais inimigos a nos aborrecerem no ambiente doméstico. 

O aspecto mais interessante da famosa obra teatral de Sófocles diz respeito à fatalidade. É possível alguém nascer com a trágica sina de matar o pai e casar com a mãe ou destinado a cometer atrocidades?

Negativo. Não há o determinismo para o mal. Ninguém reencarna para ser suicida, alcoólatra, fumante, toxicômano, adúltero, traficante, ladrão, assassino, terrorista…

Comportamentos dessa natureza configuram um desatino.

Jamais um destino! 

Dirá o leitor amigo que o oráculo não teria acertado o sinistro vaticínio, se não fosse esse o fado de Édipo.

Oportuno não esquecer, porém, que estamos diante de uma ficção, uma história da carochinha para adultos.

Questionará você: E quanto aos oráculos de hoje, representados por médiuns, pais de santo, cartomantes, quiromantes, astrólogos e quejandos? Não antecipam, efetivamente, o futuro?

Consideremos, em princípio, que eles falam de generalidades. 

Assim fica fácil. Se eu fizer dez previsões superficiais sobre seu futuro, envolvendo saúde, negócios, vida afetiva, família, viagens, pelo menos metade se cumprirá. Você ficará admirado de meus poderes premonitórios, tão entusiasmado com os acertos que não reparará nos desacertos.

E há um detalhe: se o “oráculo” revela que terei um dia muito difícil, cheio de contratempos, e acredito firmemente nisso, assim tenderá a acontecer. Estarei predisposto a encontrar “chifre em cabeça de cavalo”. 

Obviamente, há indivíduos dotados de grande sensibilidade que podem “ler” em nosso psiquismo algo do que nos espera. Nele podem estar registrados alguns compromissos que teríamos assumido ao reencarnar, conjugando família, profissão, trabalho, ideal… 

Mesmo assim, não poderá fazer afirmações taxativas, porquanto nem sempre cumprimos na Terra o que nos propusemos a realizar, no Além.

Há, também, desajustes no perispírito, nosso corpo espiritual, decorrentes de faltas desta existência ou precedente, tendentes a se refletirem no corpo físico, dando origem a males variados. 

Um sensitivo poderá identificá-los e nos falar a respeito. 

Não obstante, esses males não são inevitáveis. É possível, com o empenho de renovação e a prática do Bem, “depurar” o perispírito, favorecendo uma existência saudável.

O ideal é viver o hoje, procurando fazer o melhor, sem nos preocuparmos com o que virá. 

O futuro não está escrito. Há apenas esboços. O “texto definitivo” está sendo grafado por nossas ações.

Jesus sabiamente ensina, no Sermão da Montanha, que a cada dia basta o seu labor. Cuidemos de buscar o Reino de Deus em primeiro lugar, com o empenho do Bem, e tudo o mais, acentua o Senhor, virá por acréscimo da misericórdia divina.
Maior dos males – Orson Peter Carrara

De todos os males e imperfeições humanas, qual o pior deles? A pergunta fora dirigida pelo aprendiz ao seu mestre. A sabedoria da mente lúcida daquele condutor de almas respondeu sem hesitar: – É a inveja!

Ela é a raiz de todos os males, fonte de desgraças, inimiga virtual do bem geral e coletivo. Na verdade, se bem analisada, ela é a causa de todas as falhas humanas, gerando a calúnia, a desarmonia, a deslealdade, a ambição. Ela também é a grande administradora das guerras e dos ódios e como ágil serpente, infiltra-se por toda parte, envenena relacionamentos, corrompe e avilta.

O olhar do invejoso é estéril, frio, inexpressivo. Suga, insaciável, a seiva da árvore que a abriga, morde a mão de quem lhe presta auxílios e, incrivelmente, é inimiga de todo aquele que lhe faz bem.

Não sabe agradecer e se lhe atendem em suas necessidades, cercado de atenções, afasta-se logo e alega que apenas lhe pagaram pelo muito que deviam. Por outro lado, se lhe dão de beber quando tem sede (o exemplo da sede amplia-se para outras questões), bebe avidamente, mas proclama depois que a água não estava pura.

A inveja é aquela voz a reclamar de maneira permanente e principalmente a quem lhe ampara. E, pior, parecendo ter amigos, fale e age na ausência deles como verdadeiro inimigo que é, no uso da intriga e da maledicência.

E é possível reconhecer a inveja nas almas humanas? Conhece alguém assim?

Sim, é fácil. O homem dominado pela inveja é o mais infeliz de todos. Jamais se satisfaz. Se possui um bem, prefere ambicionar o alheio, as aos bens alheios nega todo bem. Vive angustiado e amargurado. Não sorri, não sonha, não chora porque insensível.

Também não olha francamente, apenas entreolha, e está sempre a distribuir amargor e mal estar ao seu redor. Essa imperfeição humana deforma de maneira tão expressiva a alma humana que se torna fácil reconhecer um invejoso.

Afastemo-nos, pois, da inveja se desejamos a felicidade. A inveja é uma bobagem moral, uma perda de tempo sem precedentes. Por que comparar-se com o outro, com a posição alheia? Cada vida é uma vida. Filha ou geradora do ciúme, é um mal a ser combatido.

E pergunta ainda o aprendiz: – Que fazer, então, contra esse terrível mal? E respondeu o sábio:

– Nada! A não ser amar. Ama teu próximo, mais que a ti mesmo, e assim estarás livre da inveja.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Palestra "Caminho da Felicidade", em Barra do Garças  - MT, em 9 de outubro de 2014
Sidney Fernandes




quinta-feira, 9 de outubro de 2014



Terminamos hoje o lançamento de Ser Feliz É Uma Arte no Centro Espírita Amor e Caridade de Bauru- SP. 
Agradeço a todos que compareceram ao lançamento: ao pessoal da Livraria Ceac, voluntários e frequentadores o meu abraço. Meu agradecimento ao Luiz Viola pela inestimável ajuda; ao Jornal da Cidade de Bauru o meu reconhecimento e gratidão por toda a cobertura proporcionada, durante o mês do lançamento. 
Esforcemo-nos todos nós, para nos transformarmos em artistas da felicidade.

dia 09/10/14 - lançamento em Barra do Garças (MT)

Sexta-feira - dia 10/10/14 - lançamento em Goiânia (GO)


IMUNIZAÇÃO ESPIRITUAL
Emmanuel
Raras pessoas percebem que, no mundo, existe um serviço de imunização do espírito que não deve menosprezar.
Referimo-nos ao entendimento que respeita as provas e as dificuldades alheias, procurando auxiliar aos outros, em silêncio, antes que se desmandem, através de faltas em que não precisariam comprometer a paz de consciência.
Se em derredor de ti, muitas vezes, surgem desequilíbrios e agitações, podes conservar a serenidade do campo íntimo, à feição do lago, que sendo cercado por forças antagônicas em luta, consegue manter-se em paz, refletindo as estrelas.
À frente de criaturas, vinculadas ao teu amor, sequiosas de independência, aprende a libertá-las com a força da compreensão que te felicita.
Não se apenas os corações até agora desconhecidos, com os quais te defrontas nas vias públicas ou nas áreas da atividade profissional que te pedem socorro desse jaez.
Especialmente, no círculo daqueles a que mais amas se destacam semelhantes exigências.
Imprescindível nos preparemos, tanto no Plano Espiritual quanto no Plano Físico a fim de doar a liberação a que nos reportamos.
Criaturas amadas, que apresentam o nome de filhos e filhas, nem sempre se mostram felizes ao lado de nosso amor; outras que desempenham, junto de nós, os encargos de pais ou mães talvez anseiem por experiências diferentes das nossas; irmãos e companheiros inesquecíveis, em certas ocasiões, demonstram, de modo claro, o propósito de se manterem desligados de nós, por vezes fatigados de nossa presença ou do sistema de vida a que nos impomos.
Auxiliemo-los a se livrarem de nós, sem estranheza ou ressentimento.
Já que não são crianças, credores de proteção e discernimento, confiemo-los à escola da vida, em que a Divina Providência nos internou.
E, ao liberá-los, estejamos prontos a servi-los tantas vezes quantas se fizerem necessárias.
O amor não cria problemas.
Cada qual tem o seu próprio caminho.
E Deus, que nos ama a todos, saberá prover-nos com os recursos indispensáveis à nossa própria sustentação e sobrevivência, considerando em nós as necessidades de cada um.
Livro: Algo Mais – Emmanuel – Chico Xavier


quarta-feira, 8 de outubro de 2014

terça-feira, 7 de outubro de 2014

HOJE - mais uma apresentação ao vivo - 15h